Márcio havia acabado de sair de uma casa noturna

 

Dois dos quatros envolvidos pela morte do advogado Márcio Alexandre dos Santos, 37, foram julgados na última segunda-feira (20), pelo juiz Marcus Vinícius de Oliveira Elias, da 2ª Vara Criminal de Dourados. O crime ocorreu no dia 25 de outubro do ano passado em Dourados.

No dia, Márcio havia acabado de sair de uma casa noturna em seu veículo, uma caminhonete Toyota Hilux, na companhia do amigo e policial federal Marcello Portela da Silva. O crime aconteceu no momento em que os dois pararam para urinar na Rua Albino Torraca, região central. Os disparos que atingiram Márcio saíram da arma do policial federal, tal como foi constatado na perícia.

Isaque Daniel Gonçalves Baptista de 23 anos, um dos autores do roubo, foi condenado há sete anos e quatro meses em regime fechado. “É altamente reprovável a culpabilidade do rei, pois agiu de forma premeditada com terceiras pessoas, ao sair pela cidade, à procura de uma caminhonete, para vender clandestinamente”, afirma na decisão.

Emerson Antunes Machado de 22 anos, que estava no momento do crime foi absolvido por falta de provas e pelo fato de não saber que ocorreria a ação criminosa.

Já em relação ao policial federal, Marcello Portela da Silva, o juiz entendeu que o servidor público agiu com “legítima defesa” de forma extremamente excessiva, ao sacar a arma e atingir Márcio, com oito tiros na costas e um na cabeça. Com isso, o juiz da 2ª Vara Criminal, encaminhou ao Ministério Público as providências cabíveis, inclusive de levá-lo a júri popular.

Em sua defesa, Marcello Portela disse que confundiu o amigo com um dos autores, já que os dois se pareciam fisicamente e inclusive com as vestimentas no dia.