Depois de surto, ‘Maníaco da Cruz’ está afastado do convívio com presos

A Agepen tenta a transferência do rapaz para outro Estado 

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A Agepen tenta a transferência do rapaz para outro Estado 

Depois de ter um surto e ferir um agente penitenciário do IPCG (Instituto Penal de Campo Grande) com uma lança artesanal, o jovem Dyonathan Celestrino, de 23 anos, conhecido como ‘Maníaco da Cruz’, teve o convívio com outros presos suspenso. A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) tenta ainda a transferência do rapaz para outro Estado.

De acordo com o diretor-presidente da agência, Ailton Stropa, mesmo ficando em uma cela separada e tendo horário de banho de sol diferenciado, Dyonathan convivia com os outros presos durante as aulas de graduação a distância em gestão ambiental, que eram feitas em uma sala de aula no próprio presídio.

Após o episodio deste domingo (20), Dyonathan foi proibido de ir às aulas por segurança. Agora a Agepen tenta a transferência do ‘Maníaco da Cruz’ para uma unidade especializada em tratamentos psiquiátricos em outro Estado, já que o serviço não é oferecido em Mato Grosso do Sul.

 “Ele vai continuar recebendo tratamento psicológico diário e só será liberado para as aulas após um parecer médico”, afirma Stropa. Conforme o boletim de ocorrência, registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro há três semanas o rapaz vem apresentando comportamento agressivo.

Segundo André Luiz Santiago, presidente do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de MS) o ferimento do agente penitenciário não foi grave e o servidor passa bem. Para ele, o ideal é que o rapaz seja encaminhado para um manicômio, onde receberá atendimento especializado.

Por lei, Dyonathan Celestrino deveria ter sido liberado quando completou 21 anos, cinco anos depois de ser preso por três assassinatos em Rio Brilhante. Mas um laudo comprovando que o jovem ainda era um perigo à sociedade e que poderia voltar a matar, o manteve preso deste então.

Caso

Dyonathan ficou conhecido como ‘Maníaco da Cruz’ em 2008, quando tinha apenas 16 anos, depois de matar o pedreiro Catalino Gardena, a frentista Letícia Neves de Oliveira e a jovem Gleice Kelly da Silva e deixar seus corpos posicionados em sinal de crucificação em cemitérios.

As vítimas eram submetidas a uma ‘sessão de perguntas’ sobre seus comportamentos sexuais antes de serem executadas por serem consideradas impuras. Há sete anos, ele foi apreendido na Unei (Unidade Educacional de Internação) de onde fugiu e ficou a pouco mais de um mês foragido.

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