Quadrilha matou empresário para roubar um veículo Golf, que seria vendido

Será realizada na próxima quarta-feira (21), uma audiência de instrução e julgamento sobre o assassinato do empresário Erlon Peterson Pereira Bernal, morto no dia 1º de abril do ano passado, por uma quadrilha que roubou o carro dele e pretendia levar o veículo para o Paraguai. A audiência coincide com a data em que o empresário completaria 33 anos.

De acordo com o advogado da família de Erlon, Oton Nasser, a previsão é de que quatro acusados e testemunhas de acusação e defesa sejam ouvidas na 6ª Vara Criminal. De acordo com Nasser, a expectativa da família é de que os envolvidos sejam condenados e recebam a pena máxima. “Não são iniciantes na carreira do crime. E possível verificar que eles possuem vários processos. São pessoas cruéis que não podem viver em sociedade”, diz o advogado.

Latrocínio

De acordo com as investigações da Polícia Civil, os envolvidos diretamente na morte do empresário são Thiago Henrique Ribeiro, de 21 anos, Jeferson dos Santos Souza, de 21 anos, Rafael Diogo, conhecido como “Tartaruga”, de 21 anos e uma adolescente de 17 anos.

Também foi apurada a participação do funileiro Athaíde Pereira, de 50 anos, que pintou o carro e disse que não sabia que o veículo era roubado, de Fernando Flores Valenzuela, de 27 anos, que trabalhava em uma empresa credenciada ao Detran (Departamento Estadual de Trânsito) e forneceu uma placa original à quadrilha, para ‘esquentar’ o veículo e de Jefferson dos Santos de Souza, que emprestou a arma para Thiago. Ele responderá pelo crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido e associação criminosa.

O empresário foi atraído pela quadrilha no dia 1ª de abril por meio de um anúncio da internet, onde ele havia oferecido um Golf, de cor prata. A vítima se encontrou com um dos suspeitos próximo a uma fábrica de refrigerantes, que fica na saída para São Paulo. O criminoso convenceu o empresário de ir até o bairro São Jorge da Lagoa – área sudoeste da Capital, para mostrar o carro a uma tia, que seria a nova proprietária.

Na casa da adolescente, ele foi morto com um tiro na cabeça. O corpo foi arrastado até o quintal e jogado em uma vala, ao lado da fossa. Por cima, foi colocado lixo. Já o carro, foi levado para uma funilaria, onde foi pintado de branco e as placas trocadas.