Caso Erlon: Envolvidos na morte podem ser condenados pela Justiça em fevereiro
Quadrilha matou empresário para roubar um veículo Golf, que seria vendido
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Quadrilha matou empresário para roubar um veículo Golf, que seria vendido
Foi realizada na tarde desta quarta-feira (21) a primeira audiência de instrução e julgamento dos acusados pela morte do empresário Erlon Peterson Pereira Bernal, na época com 33 anos. De acordo com o advogado da família de Erlon, Oton Nasser, a próxima audiência sobre o caso será no começo de fevereiro e pode ser que o juiz já profira a sentença nesta data.
Por conta de o processo estar em sigilo, a imprensa não pôde acompanhar a audiência. Foram ouvidas sete testemunhas do caso: o pai e esposa de Erlon, dois policiais civis, um bombeiro, o funileiro que pintou o carro e chegou a ser preso e uma mulher.
Conforme Nasser, estava previsto para que na audiência desta quarta, fosse ouvida a delegada Maria de Lourdes Cano, da Defurv (Delegacia Especializada em Roubos e Furtos de Veículos), responsável pela apuração do caso e de um policial militar, que quase foi vítima da quadrilha. Os dois devem prestar depoimento na próxima audiência, onde também devem ser ouvidos os acusados. “Ficamos satisfeitos. Ficou clara a participação de cada um e o inquérito está bem instruído”, disse o advogado.
Sobre a adolescente que também participou do crime, o Nasser revelou que ela já foi julgada e está respondendo pelo ato infracional em uma Unei (Unidade Educacional de Internação). A pena dele é de três anos. Quando cometeu o crime, ela tinha 17 anos.
Um dos primeiros a prestar depoimento foi o pai de Erlon, Lino Bernal. Ele disse que a família ainda está dilacerada com a morte do empresário e que esperam justiça.
Latrocínio
De acordo com as investigações da Polícia Civil, os envolvidos diretamente na morte do empresário são Thiago Henrique Ribeiro, de 21 anos, Jeferson dos Santos Souza, de 21 anos, Rafael Diogo, conhecido como “Tartaruga”, de 21 anos e uma adolescente de 17 anos.
Também foi apurada a participação do funileiro Athaíde Pereira, de 50 anos, que pintou o carro e disse que não sabia que o veículo era roubado, de Fernando Flores Valenzuela, de 27 anos, que trabalhava em uma empresa credenciada ao Detran (Departamento Estadual de Trânsito) e forneceu uma placa original à quadrilha, para ‘esquentar’ o veículo e de Jefferson dos Santos de Souza, que emprestou a arma para Thiago. Ele responderá pelo crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido e associação criminosa.
Na época do crime, a delegada responsável pelo caso indiciou Thiago, Rafael e a adolescente de 17 anos por roubo qualificado pela morte da vítima, concurso de pessoa, pelo emprego de arma de fogo, restrição da liberdade da vítima, associação criminosa armada e ocultação de cadáver. Os dois homens ainda irão responder por corrupção de menores e as penas podem chegar até 50 anos de prisão.
Jefferson que emprestou a arma para Thiago, foi indiciado pelo crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido e associação criminosa, posteriormente, o MPE (Ministério Público Estadual) entendeu que ele participou do crime como coautor.
O empresário foi atraído pela quadrilha no dia 1ª de abril por meio de um anúncio da internet, onde ele havia oferecido um Golf, de cor prata. A vítima se encontrou com um dos suspeitos próximo a uma fábrica de refrigerantes, que fica na saída para São Paulo. O criminoso convenceu o empresário de ir até o bairro São Jorge da Lagoa – área sudoeste da Capital, para mostrar o carro a uma tia, que seria a nova proprietária.
Na casa da adolescente, ele foi morto com um tiro na cabeça. O corpo foi arrastado até o quintal e jogado em uma vala, ao lado da fossa. Por cima, foi colocado lixo. Já o carro, foi levado para uma funilaria, onde foi pintado de branco e as placas trocadas.
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