Carnaval Popular da Praça do Rádio chama a atenção por policiamento
PM faz monitoramento do Centro da Capital com 110 oficiais por conta da festa, sendo 80% do efetivo lotado na praça
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Uma ‘segurança de shopping center’ foi a oferecida pelo Poder Público na festa de abertura do Carnaval, ocorrida na Praça do Rádio, nesta sexta-feira (06). Só no local, a Polícia Militar disponibilizou 85 oficiais, de todas as companhias, batalhões, das operações especiais e até cavalaria. Era difícil para quem compareceu ao ‘Carnatop’ não perceber a força policial, também reforçada pela presença da Polícia Civil. A Defesa Civil levou funcionários para o espaço e o Corpo de Bombeiros também
“Acreditamos que a presença da Polícia Militar, bem posicionada e a serviço da população seja um efeito significativo para a prevenção de crimes e também para se oferecer essa condição de segurança à Sociedade. Aqui nesta operação, fazemos o acompanhamento não só da praça, mas de outros pontos da área central, até as avenidas Fernando Corrêa da Costa e também a Ernesto Geisel”, diz o comandante do 1º Batalhão da corporação, Tenente-Coronel Amável Brandão.
Na Praça do Rádio a festa começou às 18h00, e com a maior garantia de segurança viu um público pequeno ser aumentado significativamente até as 21h00, quando a principal atração ainda nem tinha subido ao palco, a cantora baiana, Gilmelândia. Até o horário, apenas a banda Doce Swing havia tocado. Entre as atrações o ‘Carnatop’ tinha ainda a apresentação de escolas de samba da Capital, desfile de blocos e escolha da rainha, do rei momo e da princesa.
“Saí do trabalho e parei aqui por curiosidade, já que sabia que hoje haveria as apresentações de escolas de samba e dos blocos. Acho que ficou organizado e apoio o Poder Público a investir em ações como essa pois democratiza o acesso a eventos culturais, mas vejo exageros em alguns gastos e falta de outras aplicações. Para os blocos dão pouco apoio e são parte da festa. A segurança mesmo acho bom ter mas foi hoje exagerada, muitos policiais”, diz o educador Wanderson do Amaral.
A mesma opinião não é compartilhada por três amigas que festejavam junto aos blocos: Yasmim, Bruna e Janaína. Segundo elas o fato de ter muitos policias na festa inclusive viabiliza a possibilidade de se ficar mais tempo no local. Perto delas haviam sete PMs, em cima de uma bancada de madeira, olhando a multidão, que chegou a mil pessoas. “Pediram para revistar bolsa, coisa que nunca vi em um evento promovido pelo Governo e acho bom. Seleciona o público, o que também permite a família vir a um evento desses. Se o Governo não gasta com o povo, acaba gastando com ele mesmo”, diz Yasmin Lorrana.
Trinta anos pipoqueiro de profissão e com ponto fixo no centro de Campo Grande, Antônio dos Santos fez questão de ir para a Praça do Rádio conferir a festa e vendeu mais pipocas do que esperava em virtude do volume do público presente e da tranquilidade das pessoas, com a ‘segurança de shopping center’.
“Se sentindo seguras as pessoas podem trazer dinheiro, ficam mais tempo e pra gente que vende aqui é bom, pois o faturamento é maior. Assim também fica bem mais difícil do malandro vir, ou de ter confusão. Achei das vezes que vim aqui, uma das mais organizadas”, diz o pipoqueiro.
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