Campo Grande era local de armazenamento de carga milionária furtada no Rio de Janeiro
Das seis carretas de equipamentos furtados, pelo menos três estavam no Jardim Itamaracá
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Das seis carretas de equipamentos furtados, pelo menos três estavam no Jardim Itamaracá
Um galpão no Jardim Itamaracá, região leste de Campo Grande, foi locado para guardar o equipamento que foi furtado na Favela de Vigário Geral, no Rio de Janeiro. A carga avaliada em R$ 24,3 milhões foi levada por seis caminhões no dia 1º de fevereiro deste ano. Um deles foi recuperado em Minas Gerais e pelo menos três estavam em Mato Grosso do Sul. Os demais materiais ainda não foram localizados.
Denominada de Operação Projeção, a Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado) iniciou as investigações no dia 15 de fevereiro de forma independente, após denúncias de uma movimentação estranha na região. Com isso, foi descoberta a carga que é da Empresa Quanta DGT Cinema e seria distribuída para mil cinemas do país.
No total a mercadoria é avaliada em U$ 9 milhões e foi toda importada, sendo 121 projetores da Bélgica e os servidores e outros acessórios dos Estados Unidos. Ela dispõe de tecnologia 3D e 4D e necessita de uma chave de acesso, que se trata de uma senha provisória, que é atualizada após um certo tempo.
“A ação destes criminosos em levar algo tão meticuloso, mostra que eles são especializados em crimes organizados, pois eles precisariam de meios para que os aparelhos funcionassem”, explica a titular da Deco, Ana Cláudia Medina, que está à frente das investigações.
A delegada diz que o proprietário do galpão não sabia o que seria guardado no local, apenas fez um contrato simples de locação. “Ele já prestou depoimento e foi descartado como participante da quadrilha, mas mandados de prisão já foram pedidos”, diz Medina que se limita em dizer o número de envolvidos.
Ela diz acreditar que os equipamentos ficariam por aqui até “a poeira baixar” e só depois seriam levados ao destino final. Policiais civis e peritos criminais estiveram no galpão para fazer o trabalho de levantamento de dados. As caixas contendo os aparelhos que pesam de 90 a 150 quilos estão sendo apreendidas.
“Aqui há pelo menos R$ 5 milhões em mercadorias. Testemunhas afirmaram que viram ao menos três caminhões fazendo a descarga”, afirma a delegada e completa que, “acredito que os demais equipamentos devam estar em outro Estado, já que houve também apreensão em Minas Gerais”. A titular da Deco disse que o proprietário da carga já foi avisado sobre a recuperação e deve vir a Campo Grande para fazer a retirada.
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