Agentes penitenciários denunciam ‘pressão’ para não entregarem horas extras

O caso foi levado ao Sinsap-MS que já pediu providências sobre uma lista de servidores

Agentes penitenciários denunciaram à equipe do Jornal Midiamax que estão sofrendo pressão para não entregarem as horas extras, medida que foi acertada unanimemente em assembleia feita no Sinsap-MS (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul). Eles dizem que a informação ‘avisada’ no local de trabalho é de que, “quem abrir mão deste benefício, será cortado para sempre, assim como quem continuar a trabalhar nesta jornada extra, terá um ‘plus’ vitalício”.

A pressão estaria sendo propagada pelos diretores e responsáveis pelas escalas dos presídios de Mato Grosso do Sul, os servidores começaram a mudar a postura da jornada de trabalho por conta do acordo. Segundo os servidores a hora extra funciona da seguinte forma; o presídio recebe um recurso preestabelecido para pagar até 50 horas extras, este valor será distribuído de maneira que não faltem agentes durante troca de turnos ou em horários que deveriam ter reforços de servidores.

Com isso, as unidades fizeram um CI (Comunicado Interno) solicitando que os nomes dos servidores que abrissem mão deste plus fossem colocados em uma lista. “Só que esta lista deveria funcionar da seguinte maneira, um controle de quem está aderindo ou qual horário e dia terá defasagem, porém a informação que corre nos corredores é outra. É de corta ‘eterno’ para quem estiver com o nome lá”, relata outro servidor.

A situação foi levada ao sindicato que já pediu providências aos órgãos competentes sobre o possível boicote dos agentes em receberem horas extras esporadicamente e não é feita atualmente. De acordo com a assessoria, todas as medidas e documentos já foram encaminhados no início desta semana, ocasião em que as denúncias foram sendo formalizadas na entidade.