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Polícia

#abusonobusão: poucas mulheres procuram a polícia contra abuso no ônibus

Crime muitas vezes é de ‘oportunidade’
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Crime muitas vezes é de ‘oportunidade’

Nos últimos anos, muitas leis progrediram em relação à proteção do sexo feminino, como a Maria da Penha e do Feminicídio, entretanto, a maioria das mulheres não procura a delegacia para registrar um dos abusos mais antigos que ocorrem, as “encoxadas” dentro do transporte coletivo.

“As vítimas deste tipo de abuso, não têm o hábito de procurar a polícia e muitos destes casos ocorrem de forma oportuna”, é o que explica Rosely Molina, a titular da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), para a equipe do Jornal Midiamax.

“São raros os casos que chegam até a delegacia sobre algum abuso dentro do ônibus, não estou dizendo que não exista, mas que muitas vezes não é relevado pela vítima, seja porque ela não se sentiu ofendida ou mesmo porque não sabe que medida tomar”, ressalta Molina.

Desde que tomou a titularidade da unidade, Molina realiza palestras em diversos ambientes de trabalho onde é convidada e ressalta o trabalho social desenvolvido na unidade especializada para falar sobre todos os casos de abuso. “Nós orientamos que elas procurem sempre a polícia, pois vamos investigar até chegarmos a um possível agressor. Aqui ela receberá acompanhamento para que não fique desamparada”, frisa.

Sobre as violências dentro do ônibus, a delegada afirma que a maioria ocorre por oportunidade. “Nem sempre há um abusador dentro do transporte coletivo, o que acontece é que alguns homens se acham no direito de tirar proveito daquela situação, em que a vítima está vulnerável”.

Ocorrência

Este tipo de ilícito pode ser registrado como importunação ofensiva ao pudor, abuso sexual, ato obsceno e até estupro. “Depende de como foi a abordagem do suspeito para com a vítima. Tudo isso é averiguado no momento em que a vítima descreve como aconteceu”, fala a titular da Deam.

Molina fala também que após o depoimento, a investigação partirá dos seguintes questionamentos: “Onde foi? Que horas ocorreu? Qual foi a linha… Tudo isso é levado em conta, principalmente as imagens dos ônibus”, revela.

Alerta

“Cada mulher age de uma maneira, tem aquelas que vão se manifestar ali dentro do ônibus, mas tem aquelas que podem ligar para o 153 da GCM (Guarda Civil Municipal) ainda dentro do transporte ou mesmo podem esperar para descer no terminal e procurar algum agente da Guarda ou da Assetur e informar imediatamente o que está acontecendo. Eles estão orientados de como devem agir em uma situação desta”, enfatiza a assessoria do órgão municipal.

Uma das abordagens utilizadas pela GCM e pela Deam faz parte da campanha “Busão sem Abuso”, de responsabilidade da Semmu (Secretaria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres).

A ideia surgiu no início deste ano e a ainda no primeiro semestre de 2016, as duas equipes já citadas trabalhariam em conjunto, além de proporcionar cursos de capacitação para os motoristas dos transportes coletivos saberem como se portar diante de um caso de assédio sexual contra uma mulher. Os casos desta natureza são encaminhados para a CMB (Casa da Mulher Brasileira), que conta com diferentes órgãos policiais e profissionais da área da saúde.

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