51% dos presos de MS são oriundos do tráfico de drogas, diz Reinaldo

Dados foram passados na inauguração das audiências de custódia

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Dados foram passados na inauguração das audiências de custódia

Com 51% dos presos de Mato Grosso do Sul oriundos do tráfico de drogas e até 70% de outros Estados, o governador Reinaldo Azambuja declarou que sem as audiências de custódia, iniciadas nesta segunda-feira (5), em oito anos estaria dobrada a população carcerária de MS.

O projeto das audiências tem como objetivo reduzir o número de presos provisórios no país, que hoje chega a 41% da população carcerária brasileira. Com audiências em até 24 horas após a prisão em flagrante, em audiência com o juiz, fica determinado se o flagrado segue preso ou é colocado em liberdade.

Uma economia que, segundo o governador, evitará a construção de meio presídio por ano. Outro ponto destacado por Reinaldo é a ressocialização de presos, que com a reforma de quatro escolas somente neste ano, gerou economia de R$ 1,5 milhão ao Estado.

A solenidade aconteceu no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, na presença do presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, que agradeceu as duas medalhas em homenagens recebidas.

Para ele, as audiências resgatam a dignidade humana e o custo benefício supera e muito o ônus que o Estado tem com a implantação. Neste período de implantação nos Estados que já tem o programa, seis mil pessoas deixaram de ser presas.

“Essas pessoas não representavam perigo para a sociedade, não tinham ficha criminal e tinham residência fixa, abrindo vagas para presos perigosos e gerando economia de R$ 500 milhões e 8,5 presídios a menos para abrigar esta massa”.