Testemunhas reforçam que policial morto por travesti queria joia furtada de contraventor
A versão de que o policial civil Dirceu Rodrigues dos Santos foi morto em 22 de janeiro supostamente quando tentava recuperar uma joia de R$ 80 mil a pedido de alguém ‘ligado ao jogo do bicho’ foi reforçada durante depoimentos de testemunhas na semana passada. Os envolvidos já estão com outra audiência marcada para o próximo […]
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A versão de que o policial civil Dirceu Rodrigues dos Santos foi morto em 22 de janeiro supostamente quando tentava recuperar uma joia de R$ 80 mil a pedido de alguém ‘ligado ao jogo do bicho’ foi reforçada durante depoimentos de testemunhas na semana passada. Os envolvidos já estão com outra audiência marcada para o próximo dia 24.
O crime aconteceu no Bairro Campo Nobre, quando Dirceu e seu parceiro, o policial Osmar, estavam em investigação para apurar o roubo de uma corrente de ouro avaliada em R$ 80 mil.
O menor de 15 anos, que dirigiu o carro do policial após a confusão no interior da residência onde os fatos começaram, afirmou que estava na casa da namorada quando tudo começou.
Segundo ele, Alexandre estava acompanhado pelo policial Osmar e quando entraram no quarto, Osmar teria sido surpreendido por Alexsandro, irmão de Alexandre. Este teria dado uma gravata no policial que caiu desacordado na cama e pegaram a sua arma.
Disse ainda, que pegou o carro dos policiais e foi dirigindo, levando os dois irmãos para casa deles. Afirma que duas quadras depois viu o policial Dirceu caído na rua. Conta que um dos irmãos pediu para ele parar o carro e deu mais um tiro na direção do policial. Além disso, falou também que não sabia que os homens eram policiais e que soube apenas depois pela internet.
A segunda testemunha ouvida, uma travesti disse que recebeu um telefonema dos policiais solicitando um programa e quando se encontraram eles o jogaram no carro e o levaram para um beco onde teria sido agredido.
Depois disso, conta que teve suas mãos amarradas, foi jogado no banco de trás do carro dos policiais que foram buscar Alexsandro, colocando-o também no carro. Disse que os policiais disseram que foram contratados por R$ 50 mil cada um para que recuperassem a joia, supostamente por alguém ligado a atividades de contravenção.
Alexandro disse à testemunha que havia ganho a corrente como pagamento por um programa. Já no depoimento de uma adolescente, namorada da primeira testemunha, foi registrada outra versão, pois afirmou que o seu namorado é quem teria dado a gravata no policial, fazendo-o desmaiar.
Ela revela que estava com ele em um quarto da casa quando seu cunhado Alexandre chegou com um homem desconhecido e pediu que seu namorado pegasse um “negócio” que havia guardado e ele voltou com uma corrente.
Contou ainda que quando o policial Osmar viu o objeto na mão de Alexandre o atacou e seu namorado revidou dando uma gravata nele que o fez desmaiar.
Na terceira audiência, na qual os réus prestarão a versão dos fatos, que acontecerá no próximo dia 24, o juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri espera esclarecer todas as dúvidas que ainda pairam sobre o caso.
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