Suspeitos do caso Bernardo serão indiciados por homicídio, diz polícia
Mais de um mês após a morte do menino Bernardo Boldrini, de 11 anos, a Polícia Civil conclui neste fim de semana o inquérito do homicídio. De acordo com a assessoria da delegacia de Três Passos, cidade da Região Norte do Rio Grande do Sul, os três suspeitos do crime serão indiciados por homicídio triplamente […]
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Mais de um mês após a morte do menino Bernardo Boldrini, de 11 anos, a Polícia Civil conclui neste fim de semana o inquérito do homicídio. De acordo com a assessoria da delegacia de Três Passos, cidade da Região Norte do Rio Grande do Sul, os três suspeitos do crime serão indiciados por homicídio triplamente qualificado, já que a morte foi consumada. O órgão trabalha na qualificação do crime cometido por cada indivíduo e entregará o documento completo à Justiça na próxima terça-feira (13).
O pai da criança, Leandro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugulini, e a assistente social Edelvania Wirganovicz estão presos desde o dia 14 de abril, mesma data que o corpo do menino foi encontrado em uma cova em Frederico Westphalen. A cidade fica a cerca de 80km de Três Passos, cidade onde o menino morava. Ele estava desaparecido desde 4 de abril.
Conforme a assessoria da polícia, algumas das qualificações do crime serão omissão e ocultação de cadáver. O G1 tentou entrar em contato com a delegada Caroline Bamberg, que preferiu não se manifestar sobre o inquérito ainda. Uma coletiva de imprensa está prevista para ocorrer na tarde de terça-feira, onde a investigação será apresentada.
Nesta semana, o órgão solicitou um novo depoimento do pai. Ele deve ser submetido, agora, ao detector de mentiras. “Estamos esperando a resposta do advogado”, afirmou Caroline, nesta sexta-feira (9), à RBS TV.
Entenda
Conforme alegou a família, Bernardo teria sido visto pela última vez às 18h do dia 4 de abril, quando ia dormir na casa de um amigo, que ficava a duas quadras de distância da residência da família. No domingo (6), o pai do menino disse que foi até a casa do amigo, mas foi comunicado que o filho não estava lá e nem havia chegado nos dias anteriores.
No início da tarde do dia 4, a madrasta foi multada por excesso de velocidade. A infração foi registrada na ERS-472, em um trecho entre os municípios de Tenente Portela e Palmitinho. Graciele trafegava a 117 km/h e seguia em direção a Frederico Westphalen. O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) disse que ela estava acompanhada do menino.
“O menino estava no banco de trás do carro e não parecia ameaçado ou assustado. Já a mulher estava calma, muito calma, mesmo depois de ser multada”, relatou o sargento Carlos Vanderlei da Veiga, do CRBM. A madrasta informou que ia a Frederico Westphalen comprar um televisor.
O pai registrou o desaparecimento do menino no dia 6, e a polícia começou a investigar o caso. Na segunda-feira (14), o corpo do garoto foi localizado. De acordo com a delegada responsável pela investigação, o menino foi morto por uma injeção letal, o que ainda precisa ser confirmado por perícia. A delegada diz que a polícia tem certeza do envolvimento do pai, da madrasta e da amiga da mulher no sumiço do menino, mas resta esclarecer como se deu a participação de cada um.
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