A avó de Alexandre Luiz Ruggiero morreu ao ser atropelada por um carro de polícia, em 2007, no Balneário Camboriú (SC), e agora a família é cobrada pelo conserto da viatura.
A cobrança foi feita pela Procuradoria do Estado. Uma juíza julgou que a família não deveria pagar o conserto, mas ainda assim, a procuradoria recorreu da indenização. O valor corrigido até os dias atuais é estimado em R$ 6.000.
Na 1ª instância, a juíza foi favorável à família, mas a Procuradoria recorreu da decisão.
Dona Irena, 81 anos, e o neto haviam tomado café da manhã juntos e se despediram. Poucos minutos depois, o neto reconheceu o corpo da avó em um atropelamento que havia acabado de ocorrer na Terceira Avenida.
Segundo testemunhas, ela atravessava a faixa de pedestres quando foi atingida violentamente por uma viatura da Polícia Militar. Moradores dizem que o veículo estava em alta velocidade e a sirene não estava ligada.
Segundo o neto, no processo ficou comprovado que a polícia não tinha necessidade de andar a aquela velocidade, já que estava a caminho do batalhão.
Apesar do laudo e das testemunhas, o soldado que dirigia o carro foi inocentado pela Justiça Militar, por insuficiência de provas. A advogada da família contesta.
Para o advogado Pedro de Queiroz, faltou bom senso não só na hora de cobrar da família, como ainda insistir na indenização.
Com a repercussão negativa da cobrança, a Procuradoria já pensa em desistir de cobrar a fatura do conserto.