Mãe de servidor suspeito de aliciar garotos em Dourados será ouvida pela polícia

A Polícia Civil de Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande, vai ouvir a mãe do servidor público Jeferson Porto da Silva, de 33 anos, suspeito de aliciar e incentivar a prostituição de adolescentes. Segundo o site Dourados News, a idosa morava com o servidor na casa, para onde segundo as investigações, ele atrairia os […]

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A Polícia Civil de Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande, vai ouvir a mãe do servidor público Jeferson Porto da Silva, de 33 anos, suspeito de aliciar e incentivar a prostituição de adolescentes.

Segundo o site Dourados News, a idosa morava com o servidor na casa, para onde segundo as investigações, ele atrairia os adolescentes. Além da mãe de Jeferson, também será ouvida pela polícia a diretora da escola estadual onde ele deu aulas há oito anos. Na época, ele teria assediado alunos e acabou afastado.

Na quarta-feira (22), a delegada responsável pelas investigações Marina Lemos, informou que uma das vítimas que procurou a polícia, foi um jovem de 20 anos, que relatou ter sido aliciado há oito anos, quando o servidor era professor dele.

Neste período, Jeferson usava o MSN para conversar com o então adolescente. A mãe do garoto descobriu o caso e levou várias conversas impressas para a diretora da escola. A educadora confirmou o caso à polícia e informou que por isso, ele foi afastado da instituição de ensino.

O jovem disse à polícia que foi aliciado, mas que não manteve relações com o servidor, mas que um amigo dele da época da escola também teria saído com ele, em 2008. Porém, o rapaz disse que o colega mudou de cidade e que não tem mais contato com ele.

A delegada ainda reafirmou que mais de 200 meninos podem ter sidos aliciados “Acredito que ele tenha aliciado muito mais”, diz Marina. Ele disse que começou a se aproximar dos garotos há três anos. Nos laudos da polícia, apenas um dia de mensagens que ele mandava às vítimas tem dez páginas. Ao todo, são mais de 5 mil mensagens no aplicativo WhatsApp enviadas por ele.

Um adolescente de 12 anos também se apresentou junto dos pais para prestar depoimento. O menino foi atraído pelo perfil falso de Jeferson no Facebook. Na página o servidor se passava pela jovem “Jessika Alessandra, de 19 anos” e postava mensagens provocantes para atrair os garotos, deixando inclusive o número do celular.

Caso

Jeferson trabalhava no setor de RH (Recursos Humanos) da prefeitura de Dourados. Após dois meses de investigação, ele acabou preso apontado como aliciador de jovens e incentivá-los à prostituição. O suspeito utilizava um perfil falso no Facebook e também no aplicativo de conversas para celular ‘WhatsApp’, onde se passava por uma mulher chamada ‘Jessika Alessandra’.

Após atrair os adolescentes entre 14 e 16 anos, ele marcava encontros noturnos na casa dele, onde morava com a mãe, que é idosa. Quando chegavam lá e viam que não se tratava de uma mulher, os jovens eram convencidos pelo servidor a manter relações sexuais com ele mediante pagamento de R$ 30. Computadores e celular dele foram apreendidos com vídeos e fotografias.

Portador de HIV, Jeferson chegou a falsificar um exame clínico para convencer os jovens que questionavam a falta do uso de camisinha. O servidor deve ser transferido para a Phac (Penitenciária de Segurança Máxima Harry Amorim Costa) até o fim desta semana.

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