Instituição que teve freira indiciada por morte de bebê discorda de conclusão da polícia

O Hospital São Julião, mantenedor da Casa da Vovó Túlia, abrigo de crianças, onde uma freira foi indiciada pela morte de um bebê, informou ao Midiamax que a instituição não concorda com a conclusão da Polícia Civil, de que a criança morreu por negligência da religiosa, que teria demorado em levar o bebê ao médico.  O caso aconteceu em junho do ano passado, agora, após o término das investigações, a polícia decidiu indiciar a freira, coordenadora do abrigo pelo crime de maus-tratos seguido de morte por negligência.

“Vemos com bastante tristeza e injustiça [o indiciamento]. A história do abrigo, que tem 28 anos, já fala por si só. A criança já chegou ao abrigo com problemas e ficou oito dias no hospital. Ela teve alta médica, voltou para o abrigo na sexta-feira, e no domingo, teve que voltar para o hospital”, afirmou o administrador.

Segundo Alvarenga, após o caso, a instituição irá avaliar se o abrigo continuará a funcionar. “O Vovó Túlia pensa em deixar o trabalho, pois o serviço não está sendo reconhecido. São 28 anos de trabalho, mais de 700 crianças já passaram pelo abrigo e estão desconfiando da competência”, finaliza.

Leia nota divulgada pela intituição:

A Casa Vovó Túlia, com todo respeito que é devido as autoridades envolvidas no caso, discorda veementemente das conclusões tiradas pelas autoridades policiais.

A religiosa em questão é Coordenadora da Casa Vovó Túlia, possui 40 anos de experiência no trato com crianças e trabalha em regime de dedicação exclusiva, morando a 6 anos numa casa anexa ao abrigo, de modo que sempre esteve 24 horas a disposição das crianças, sempre desempenhando suas funções com extrema dedicação, responsabilidade e carinho.

A Casa Vovó Túlia é uma entidade sem fins lucrativos que conta com 28 anos de atividade atendendo a crianças de 0 a 4 anos. Desde o início das atividades, mais de 750 passaram pela instituição.

Embora lamente profundamente o falecimento do interno, a casa tem tranquilidade em afirmar que ele não se deu em virtude de qualquer tipo de negligência por parte dos funcionários e muito menos da coordenadora.

O serviço é mantido exclusivamente com recursos de doações e do Hospital São Julião, que não tem nenhum beneficio fiscal pela realização deste serviço.

Nossa história garante estas afirmações.