Homem morto por delegado tinha ameaçado na Corregedoria: “Vou arrancar a cabeça dele”

A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar a morte de Enéias Lima Delgado, de 36 anos

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A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar a morte de Enéias Lima Delgado, de 36 anos

A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar a morte de Enéias Lima Delgado, de 36 anos, durante uma discussão com o delegado Roberval Mauricio Cardoso Rodrigues, lotado desde março de 2013, na Corregedoria Geral da Polícia Civil. A discussão, que terminou com a morte, aconteceu na madrugada desta sexta-feira (28), próximo ao prédio onde mora o delegado.

Segundo o delegado Wellington de Oliveira, da 1ª Delegacia de Polícia Civil, responsável pelo caso, as armas que estavam com o policial e com a vítima foram apreendidas e encaminhadas para balística, foi realizada perícia no local da morte e já foram ouvidos o pai e o irmão da vítima para saber como era o comportamento dele. Os funcionários do prédio do delegado também devem ser chamados para prestar depoimento.

Consta no boletim de ocorrência registrado pela polícia, que a vítima foi até o prédio onde mora o delegado por volta das 2 horas e falou que o mataria. Roberval teria ido ver o que era e não acreditava que Enéias estivesse armado. Quando viu que o homem portava uma arma, ele verbalizou para que ele largasse o revólver, mas não foi atendido e acabou disparando contra a vítima.

Ainda conforme Oliveira, já foi apurado que a vítima tinha problemas psicológicos e que há um mês, foi na Corregedoria falar que se encontrasse o delegado iria arrancar a cabeça dele. Ele também já havia estado no prédio, portando uma arma.

Roberval disse à polícia que não sabe o motivo das ameaças e que a vítima havia trabalhado no prédio dele no período noturno. Conforme os familiares, Enéas seria usuário de drogas, tinha diagnóstico de transtorno bipolar, já maltratou os pais e foi preso por furto. A arma que ele portava não possuía registro.

O policial já foi delegado da Deiaj (Delegacia Especializada de Atendimento a Infância e Juventude), do Garras (Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros), da Derf (Repressão aos Crimes de Roubos e Furtos) e da 6ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande.

 

 

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