Greve: Polícia acompanha protesto de operários da construção civil em canteiros de obra

A greve dos operários da construção civil que se iniciou ontem, já causou o primeiro impasse na manhã de hoje, no Jardim Veraneio, região nordeste de Campo Grande. A discussão virou caso de polícia e equipes da PM (Polícia Militar) estão no local ajudando a controlar os ânimos.  De acordo com o diretor da empresa […]

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A greve dos operários da construção civil que se iniciou ontem, já causou o primeiro impasse na manhã de hoje, no Jardim Veraneio, região nordeste de Campo Grande. A discussão virou caso de polícia e equipes da PM (Polícia Militar) estão no local ajudando a controlar os ânimos. 

De acordo com o diretor da empresa Maxi Incorporadora, Jean Michel Massala Junior, os trabalhadores estão sendo impedidos de trabalharem. “Amanheceu uma faixa aqui no portão com os dizeres ‘greve’, além de dois seguranças e cadeados impedindo os operários de terem acesso à obra”, denuncia. 

Ele conta que os grevistas do sindicato não deixaram os demais trabalhadores entrarem na obra. “Isso é um absurdo, impedir alguém de fazer algo, é contra qualquer direito, e falamos nisso, cadê o respeito pelo direito daquele que quer trabalhar?” indaga e completa “até mesmo os engenheiros tiveram que usar da força para entrar na obra”. 

O engenheiro da obra, Eduardo Carvalho, revelou que estava com medo da confusão pelo local. “Receio pela obra passar por depredação ou algo deste tipo, pois a intenção deles em fazer a greve é legítima, mas impedir quem queira trabalhar, isso extrapola qualquer ato lícito”, fala. 

Equipes da PM tentam acalmar os ânimos. Com a chegada deles, alguns operários preferiram trabalhar. O diretor da Maxi Incorporadora chegou a falar que iria registrar um boletim de ocorrência sobre este ato violento. 

GREVE 

Pelo menos 50 trabalhadores se mantém do lado de fora da obra e apoiam a greve. “Ninguém aqui foi impedido de trabalhar, foi dito que quem quisesse entrar, poderia, mas a gente preferiu ficar aqui. Estamos reivindicando um valor digno de reajuste, pois 5,39% é pouco”, fala o armador, Gilmar Nilton dos Santos. 

Além disso, o presidente do Sindicato da Construção Civil, José Abelha, chegou ao local com uma caixa de som e microfone, para convencer os demais trabalhadores a pararem a obra e aderirem ao movimento. Com isso, explicou os motivos da greve. 

Com o impasse, o diretor da empresa Maxi Incorporadora se comprometeu a participar de uma reunião no sindicato, na tarde de hoje, para falar sobre o reajuste. Ele também afirmou aos operários que não vai descontar o dia de hoje a quem aderiu à greve.

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