‘Gato moderno’: polícia flagra fraude sofisticada nos padrões para furtar energia elétrica

Com a prisão de Rony de Oliveira Vargas em Bonito e Joelci Ajala Medina, em Campo Grande, a polícia descobriu que eles utilizavam um método sofisticado e inédito no País para alterar o funcionamento dos medidores de energia fabricados pela empresa paranaense Landis Gyr. A fraude é praticada por um programa que é baixado em […]

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Com a prisão de Rony de Oliveira Vargas em Bonito e Joelci Ajala Medina, em Campo Grande, a polícia descobriu que eles utilizavam um método sofisticado e inédito no País para alterar o funcionamento dos medidores de energia fabricados pela empresa paranaense Landis Gyr.

A fraude é praticada por um programa que é baixado em um computador. Este, através de um cabo de fibra óptica é ligado ao medidor digital, possibilitando as operações que resultam em uma queda de 60% a 80% no consumo de energia.

A investigação foi intensificada em Corumbá pois além de ter sido a cidade onde foi constatado o primeiro caso, também registra um grande consumo de energia pela utilização de aparelhos de ar condicionado

O detalhe é que o programa é obtido através de um software que apenas a empresa fabricante dos medidores tem acesso. Este programa, inclusive ainda não está disponibilidade para a empresa de energia que atende Mato Grosso do Sul (Energisa).

Foram constatadas quatro modalidades de fraude:

  • Aparecimento do código 1.1 que identifica a retirada do software do medidor, indicando o desligamento do “relógio”.
  • Aumento de um dígito (0) no medidor, também demonstrando que ele foi alterado.
  • Display (luz vermelha) disparado e visível a olho nu também conotando adulteração.
  • Inversão de energia ativa com reativa do contador. (Esta alteração pode ser constatada apenas por um técnico e foi percebida apenas com a apreensão dos medidores.

Segundo a delegada Paula Ribeiro dos Santos Oruê, de Corumbá, que comandou as operações, ao lado do Departamento de Polícia do Interior, como as fraudes foram iniciadas no Estado e contando com equipamento de uso exclusivo da empresa fabricante, é possível que funcionários da Energisa e da Landis Gyr também estejam envolvidos. As duas empresas serão oficiadas e também serão incluídas nas investigações.

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