Flagrante de peixe no lixo de restaurante japonês vira caso de polícia com denúncia de agressão
O flagrante de lixo mal-acondicionado em um restaurante de comida japonesa em Campo Grande resultou em boletim de ocorrência na polícia por agressão. A mulher que flagrou a lixeira com restos de peixe acusa os responsáveis pelo estabelecimento de a agredirem quando foram cobradas explicações sobre a suposta falta de higiene. A mulher, de 26 anos, é vendedora […]
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O flagrante de lixo mal-acondicionado em um restaurante de comida japonesa em Campo Grande resultou em boletim de ocorrência na polícia por agressão. A mulher que flagrou a lixeira com restos de peixe acusa os responsáveis pelo estabelecimento de a agredirem quando foram cobradas explicações sobre a suposta falta de higiene.
A mulher, de 26 anos, é vendedora e diz que, como é cliente do restaurante de comida japonesa na Rua José Antonio, próximo da Dom Aquino, região central de Campo Grande, ficou indignada ao flagrar a lixeira do estabelecimento com restos de salmão a céu aberto exalando mau cheiro.
Ela disse que no último sábado (20) pela manhã passou em frente do restaurante e ficou indignada com a situação. Segundo ela, a lixeira estava aberta e com peixe estragado, com muitas moscas e mau cheiro. Ao tentar falar com os proprietários, ela afirma que foi maltratada pelos funcionários.
Um dos atendentes teria lhe dito que o responsável não se encontrava e ela teria relatado o problema do lixo para ele. A mulher disse que sua intenção era de que a questão fosse resolvida porque não era bom para a imagem do restaurante e nem para os clientes. “Sou cliente e quero comer em um lugar bem organizado e não ver uma situação dessa e não fazer nada”, alega.
A vendedora disse ainda que ao sair do estabelecimento na companhia de uma amiga chegou um homem em uma caminhonete branca e se identificou como dono do restaurante. Segundo ela, o rapaz já chegou alterado e disse que como ela não se identificou ele também não se apresentaria.
A vítima contou sobre o lixo e pediu para que ele resolvesse a situação que não eram apropriados os restos de peixe na lixeira a céu aberto. No primeiro momento, ele disse que os dejetos eram do prédio ao lado, mas quando ela afirmou que eram peixes, em seguida disse que era porque o lixeiro não havia recolhido na noite anterior e pediu para a mulher ir embora.
Ela cobrou providências dele e disse que se não fosse sanado o problema com o lixo enviaria as fotos para a imprensa. Foi nesse momento, quando disse que iria procurar a imprensa que ele a agrediu. “Quando falei que eu iria procurar o Midiamax ele deu uma chave de braço no meu pescoço e quase fiquei sem ar se não fosse minha amiga gritar por socorro”, disse.
Ainda de acordo com a vendedora, um dos funcionários teria ajudado o patrão a agredi-la, segurando-a. “Como o empregado vê o seu chefe agredindo uma mulher e deficiente e ainda o ajuda? Isso para mim é um absurdo”, diz.
Ela disse que ele só parou quando um militar do Exército veio para ajudá-la . “Graças a Deus esse soldado me ajudou senão não sei o que ele poderia ter feito comigo”, afirma.
A cliente também disse que uma mulher estacionou seu carro, desceu e se apresentou como delegada sem informar o nome, e disse para ela que foi ela quem o agrediu. “Se era delegada porque não fez nada para me ajudar e ainda defendeu ele. Como eu sendo mulher e deficiente iria conseguir bater em um homem de 1.70 metro de altura”, conta.
A mulher falou a nossa equipe de reportagem que só queria que tivessem resolvido o problema do lixo e que jamais imaginou ser agredida de uma forma tão violenta. “A minha intenção foi a melhor possível porque também sou cliente de lá e nunca imaginaria que fosse tratada de uma forma tão violenta como fui”, assegura.
A vendedora disse ainda que, por causa da agressão sofrida, está há dois dias sem trabalhar. Ela garante na hora do acontecido machucou o olho esquerdo, que acabou de passar por cirurgia. “Durante a confusão meu olho que acabou de ser transplantado machucou e o outro só enxergo 2% e por isso não consigo nem ir trabalhar, enquanto isso o filhinho de papai está lá ganhando dinheiro”, diz.
Logo em seguida, ela procurou a delegacia para registrar a agressão e diz que quer a punição dos responsáveis. “Eu só queria que ele resolvesse o problema do lixo e o responsável agrediu uma mulher, deficiente e consumidora. Se ele fez isso comigo pode bater na namorada ou esposa e agora vou até o fim e não quero que fique impune”, finaliza.
O outro lado
Segundo o responsável do restaurante, que preferiu não se identificar, disse que a versão da vendedora não é verdadeira. Segundo ele, a vendedora nem sequer é cliente do estabelecimento. Na versão do empresário, a vítima estava tirando fotos na frente do restaurante quando ele foi comunicado pelos funcionários.
Quando ele chegou ao local, a vítima e a amiga disseram que a lixeira estava muito suja e que tinham fotos para enviar à imprensa. Ele admite, no entanto, que ficou irritado no momento em que ela teria começado a filmá-lo, e chegou a pegar o celular dela.
“Se elas tivessem chegado com educação e falado que a lixeira estava com cheiro desagradável eu não as teria tratado mal e pegado o celular. E eu nunca iria agredir ninguém”, diz.
Sobre a questão da agressão o responsável disse que foi ela quem o agrediu e que tem testemunhas que comprovam que ele está falando a verdade. “Na hora que ela me agrediu tinha duas senhoras que moram no prédio da frente e viram o que aconteceu”, afirma.
Em relação ao lixo, o responsável disse que sempre pede aos funcionários da limpeza para lavarem bem a lixeira para evitar que o odor forte do lixo incomode os moradores. “Sei que o lixo causa um cheiro forte, mas sempre peço para a mulher da limpeza dar uma geral na lixeira”, garante.
Ele diz não saber a razão de a vendedora agir dessa forma e não sabe qual é a verdadeira intenção dela. “Não sei se elas querem extorquir o restaurante ou se realmente querem ajudar, mas com a atitude que tiveram não tem como identificar”, finaliza.
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