Com dinheiro e mão de obra de presos, Judiciário promove reforma de R$ 64 mil em escola da Capital

Foi lançado este mês o projeto Pintando Educação com Liberdade, que usa dinheiro e mão de obra de presos para promover reformas e melhorias em instituições de Campo Grande. Idealizado pelo juiz Albino Coimbra Neto, em parceria com a Agepen e a Secretaria do Estado de Educação, o Pintando Educação com Liberdade começou os trabalhos […]

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Foi lançado este mês o projeto Pintando Educação com Liberdade, que usa dinheiro e mão de obra de presos para promover reformas e melhorias em instituições de Campo Grande.

Idealizado pelo juiz Albino Coimbra Neto, em parceria com a Agepen e a Secretaria do Estado de Educação, o Pintando Educação com Liberdade começou os trabalhos nesta segunda-feira (13) e a primeira escola beneficiada foi a E. E. Delmira Ramos, localizada no Bairro Coophavilla II.

Além da pintura total do prédio, está sendo feita a reforma de calçadas, banheiros, bebedouro, além da revitalização da quadra de esportes, área administrativa, partes hidráulica e elétrica como também jardinagem, onde serão utilizadas mudas de plantas produzidas no Estabelecimento Penal da Gameleira, que destinou mais de 10 presos para executar a reforma na escola.

De acordo com o juiz, a ideia do projeto surgiu no final do ano passado para garantir trabalho aos presos do regime semiaberto, além de ser uma oportunidade para o detento fazer algo em prol da sociedade, permitindo o acompanhamento do que o preso é capaz de executar, ou seja, que é possível a reinserção social, em especial por meio de um trabalho digno.

Os presos dos regimes aberto, semiaberto e fechado que foram encaminhados ao mercado de trabalho pelo poder público têm desconto 10% em seus salários, e o valor arrecadado pode ser utilizado para o custeio dos próprios detentos. Assim, com o dinheiro descontando do salário dos presos foi possível realizar reformas no presídio da Gameleira, nas celas no Instituto Penal de Campo Grande, dentre outros.

Atualmente entre 700 e 800 presos, distribuídos em mais de 60 empresas da Capital que funcionam tanto dentro como fora dos presídios, foram encaminhados ao trabalho pelo poder público, por meio do patronato penitenciário e tem o percentual de 10% descontado em sua folha de pagamento.

Dos recursos arrecadados, R$ 64 mil foram destinados para a escola Delmira Ramos e já há previsão das próximas escolas que serão beneficiadas. A obra deve se estender por cerca de dois meses.

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