Câmara rejeita cassação para prefeito que tentou dar ‘jeitinho’ em abordagem policial
A Câmara dos vereadores de Bandeirantes votou nesta quarta-feira (28) contra a denúncia do Ministério Público que pede a cassação do prefeito Márcio Faustino (PSD), por improbidade administrativa. O resultado foi 5 a 3. Segundo a denúncia, o prefeito teria dado “jeitinho” durante abordagem policial. De acordo com Fábio Osório (PT), presidente da Câmara, os […]
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A Câmara dos vereadores de Bandeirantes votou nesta quarta-feira (28) contra a denúncia do Ministério Público que pede a cassação do prefeito Márcio Faustino (PSD), por improbidade administrativa. O resultado foi 5 a 3. Segundo a denúncia, o prefeito teria dado “jeitinho” durante abordagem policial.
De acordo com Fábio Osório (PT), presidente da Câmara, os vereadores optaram por aguardar decisão da Justiça ao invés de criar comissão processante. “Precisávamos de dois terços dos votos para instaurar comissão processante. Mas a comissão demoraria 90 dias. A maioria dos vereadores optou por aguardar a decisão da Justiça que é mais rápida”, analisa.
O caso
O MP de Bandeirantes entrou com ação civil pedindo a condenação do prefeito no dia 20.De acordo com o órgão, o prefeito teria coagido policiais por telefone a não autuarem jovem que estava dirigindo sem capacete e sem CNH.
Os policiais relataram ao MP que faziam fiscalização de rotina na cidade no dia 10 de abril quando pararam jovem que estava dirigindo moto sem capacete. Durante a abordagem descobriram que o condutor não tinha documento de habilitação. O jovem pegou o celular e fez ligações, passando o telefone aos policias logo em seguida. Do outro lado da linha estava o prefeito, que ameaçou transferir os policias de comarca caso autuassem o condutor.
Na ocasião, Faustino negou que houve ameaça e contou versão completamente diferente. Segundo o prefeito, o condutor da motocicleta ligou pedindo para que ele pedisse aos policiais que liberassem sua moto. O prefeito teria se irritado ao ouvir policial dizendo que não queria falar com ele.
“Eu nem conheço o rapaz que ligou. Quando ele passou o telefone para o policial ouvi que não queriam falar comigo. Aí fiquei bravo, porque os policias me desrespeitaram. Mas em nenhum momento ameacei ninguém, não houve nada disso. Pelo contrário, pedi que não liberassem a moto”, declarou.
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