Suspeitos de corrupção, vereadores de Ribas estão na mira da polícia e Ministério Público
Os 11 vereadores da cidade de Ribas do Rio Pardo – distante a 97 km de Campo Grande, são alvo de investigações da polícia civil e do MPE (Ministério Público Estadual). Uma operação especial apura irregularidades em recebimento de diária por meio de certificados falsos, além de diversas irregularidades como possível contratação de funcionários de […]
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Os 11 vereadores da cidade de Ribas do Rio Pardo – distante a 97 km de Campo Grande, são alvo de investigações da polícia civil e do MPE (Ministério Público Estadual). Uma operação especial apura irregularidades em recebimento de diária por meio de certificados falsos, além de diversas irregularidades como possível contratação de funcionários de gabinete ‘fantasmas’, contratos irregulares e licitações fraudulentas. Na segunda-feira (25), o presidente da Casa de Leis vai depor na polícia.
O foco das investigações é o pagamento de diárias por cursos que os vereadores teriam realizado na cidade de Curitiba, no Paraná, entre os dias 19 e 22 de junho desse ano. Teriam participado das ‘aulas’ o presidente da Câmara, vereador Adalberto Domingues (PRTB), Fabiano Duarte da Silva (SDD), Claudio Roberto Siqueira Lins (PTdoB), Célia Rodrigues Ribeiro (PSDB), Justino Machado Nogueira (SDD) e o funcionário Cacildo Pedro Camargo.
O MPE solicitou comprovantes de hospedagem utilizados para fazer o pagamento das diárias, mas o presidente – passando por cima da Lei de Responsabilidade Fiscal e da Transparência – informou que a Mesa diretora desobrigou os vereadores de apresentar os comprovantes, por meio de decreto.
Como a câmara de Ribas paga valor fixo de R$ 750 para diárias no Estado e R$ 1,5 mil para fora de MS, os vereadores R$ 30 mil ao todo, ou R$ 7,5 mil cada em apenas quatro dias, valor bem acima do salário de R$ 5,9 mil mensais.
Além da questão das diárias está na mira do MPE e da polícia a possível contratação de servidores fantasmas. Para esclarecer os gastos as instituições de controle solicitaram a relação de todos os servidores comissionados, local e hora de trabalho.
Até as relações comerciais da câmara com empresas estão sob suspeita, entre elas Sigma, Agili MS Informática, Fama Assessoria e Antonio Luperini & Cia. Seriam gastos com empresas mensalmente R$ 303 mil.
Outra questão é ter ciência sobre a assessoria jurídica prestada a Casa de Leis. O questionamento da polícia e MPE esbarra sobre o procurador jurídico e procedimento licitatório para contratação dos escritórios de advocacia Mendes e Lacerda Advogados-Lima, Pegolo e Brito Advogados.
A cidade conta com maioria de vereadores estreantes, sendo que 7 dos 11, emplacaram em 2013 um primeiro mandato e ainda conquistaram os dois cargos mais importantes da Casa, sendo a presidência e a primeira secretaria – os ‘ordenadores de despesa’.
A situação é tão grave que o delegado de polícia Reginaldo Salomão foi pessoalmente a câmara entregar intimações a todos os vereadores. O presidente presta depoimento na policia nesta segunda-feira (25).
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