Polícia procura beneficiários de fraude em vestibular

A Polícia Civil de São José do Rio Preto (SP) tenta localizar candidatos que se beneficiaram das fraudes do vestibular para o curso de medicina da Faceres, faculdade particular da cidade, realizado no domingo, 19, quando Elzo de Souza Barbosa, de 27 anos, e Eder Lucas dos Santos, de 29, foram presos tentando passar os […]

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A Polícia Civil de São José do Rio Preto (SP) tenta localizar candidatos que se beneficiaram das fraudes do vestibular para o curso de medicina da Faceres, faculdade particular da cidade, realizado no domingo, 19, quando Elzo de Souza Barbosa, de 27 anos, e Eder Lucas dos Santos, de 29, foram presos tentando passar os resultados das provas para candidatos por meio de celulares e transmissores de rádio.

Segundo o delegado Renato Pupo de Paula, do 1º DP, responsável pelo caso, a dupla chegou a Rio Preto em uma van de Montes Claros (MG) junto com outros candidatos e possivelmente três comparsas que ajudariam no esquema de fraude. Em depoimento à polícia, o estudante de cursinho Eder dos Santos disse que foi contratado por Elzo por R$ 1 mil para realizar somente as provas de química e biologia e que outros estudantes fariam as provas das outras disciplinas. Elzo, que é aluno do curso de medicina da Faculdade Pitágoras, de Montes Claros, seria o responsável por transmitir os resultados para os candidatos.

Nesta terça-feira, 21, o delegado enviou ofício aos donos de um hotel onde estavam hospedados alguns membros do grupo de Montes Claros. “Precisamos saber quem ficou hospedado no local e se ainda há alguém lá”, disse.

O delegado também recebeu a informação da faculdade de que está disposta a colaborar com o caso. De acordo com a direção da Faceres, dois candidatos foram eliminados, um flagrado com um ponto no ouvido quando ia ao banheiro, e outro passando respostas pelo celular. Além deles, a faculdade suspeita de que outros seis candidatos, cujos nomes aparecem em bilhetes apreendidos com Elzo e Eder, podem ter se beneficiado do esquema.

De acordo com o delegado, os indícios encontrados pela polícia levam a crer que o esquema é praticado por uma grande quadrilha especializada em fraudar vestibulares, pois com a dupla foi apreendida uma lista com os nomes de oito instituições de Minas Gerais e São Paulo.

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