Polícia indicia família que obrigava mulheres a se prostituir em MS e investiga mais casos
Vítimas ficavam em alojamento e eram obrigadas a fazer sexo no motel da quadrilha. Além desse caso, investigação da PF já realizou prisões por trabalho escravo e tráfico humano.
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Vítimas ficavam em alojamento e eram obrigadas a fazer sexo no motel da quadrilha. Além desse caso, investigação da PF já realizou prisões por trabalho escravo e tráfico humano.
Jovens atraídas com a promessa de uma vida melhor, porém do outro lado do mundo. E chegando lá, o baque: exploração sexual, trabalho escravo e até remoção de órgãos. O assunto do momento, explorado nas novelas e até mesmo destaque da campanha do Governo Federal também é uma das prioridades em Mato Grosso do Sul. Só neste ano a Polícia Federal do Estado prendeu seis bandidos que atuam nessa área e ainda possui dois inquéritos sob sigilo.
Em 2012, o órgão iniciou a investigação sobre uma família de aliciadores que viviam em busca de mulheres. Eles, de acordo com o delegado Alexandre do Nascimento, de Corumbá, distante 444 quilômetros da Capital, convidavam garotas para serem dançarinas e inclusive já passaram por Campo Grande.
“Chegando em Corumbá as vítimas seguiam para um alojamento e depois eram obrigadas a fazer programa no motel da quadrilha e ficar na boate Babilônia. E as meninas ainda faziam eles consumirem muita bebida alcoólica contrabandeada, tendo o controle de cada um por fichas de consumo que tivemos acesso”, conta ao Midiamax o delegado da PF de Corumbá.
Desta boate, tal como é mostrada na novela, 45 mulheres com idade entre 20 a 30 anos vendiam o corpo. “Duas delas vieram do exterior e tinham de convidar as amigas para cá, dizendo que seriam dançarinas. O chamariz da cidade é a pescaria e aliado a este atrativo existe a prostituição”, explica o delegado Nascimento.
Concluídas as investigações, o delegado diz que o inquérito está em fase de denúncia no Ministério Público. E outros casos também continuam em averiguação. “Tivemos recentemente o caso de bolivianos levados para São Paulo com quatro prisões em flagrante por trabalho escravo. No mês passado também flagramos um empresário levando sete bolivianos para a sua confecção em São Paulo e ainda um grupo de senegaleses indo para a mesma cidade trabalhar na construção civil”, fala o delegado Nascimento.
Desconhecidos pela maioria da população, este são casos complexos com investigação permanente. “Como disse anteriormente, temos outros dois inquéritos de tráfico de pessoas sob sigilo e diversas denúncias de gente entrando ilegalmente no Brasil”, finaliza o delegado.
Relatório de tráfico de pessoas
No país, o 1° relatório da PF, entre 2005 e 2011, apontou a incidência de 157 inquéritos por tráfico internacional de pessoas para fim de exploração sexual. No mesmo período, 381 pessoas foram indiciadas e 158 presos. Ou seja, menos da metade dos criminosos foi punido.
Sobre o trabalho escravo, foram instaurados 514 inquéritos, dos quais 13 de tráfico interno de pessoas e 344 de trabalho escravo. Com alcance em quase todo o mundo, o disque denúncia 180 também atendeu oitenta vítimas do tráfico em 2012.
Violência transpõe fronteiras
Com a intenção de prevenir possíveis vítmas, a subsecretária da mulher, Elza Maria Loschi, ressalta que 500 pessoas foram capacitados no Estado. “Eles aprenderam como atender uma vítima, com a retirada de documentos, encaminhamento ao mercado de trabalho, qualificação profissional e demais serviços que vão ajudar essa mulher seguir adiante, diz a subsecretária.
Até o momento, servidores de Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista, Caracol, Corumbá, Coronel Sapucaia, Paranhos, Ponta Porã, Porto Murtinho e Campo Grande foram contemplados. “Esta é uma quadrilha muito bem organizada e da mesma maneira temos de repassar o conhecimento para os nossos servidores e a população”, finaliza a subsecretária.
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