Policia Federal recolhe provas em empresas suspeitas de fraudar licitações do IFMS

As investigações da PF apontam que seis empresas, sendo três da mesma família, combinavam os preços entre si. Assim, sempre uma delas sairia vencedora.

A Polícia Federal (PF) cumpriu seis mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal de Campo Grande, em três residências e na sede de três empresas, com suspeitas de fraude em licitações do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul). Os certames são relativos à contratação de serviços para execução de obras de instalações elétricas nos prédios de Corumbá, Coxim, Ponta Porã e Três Lagoas. A operação denominada ‘Volts’ foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (6).

A delegada Cecília Silva Franco, que comandou a operação, explicou que segundo as investigações, seis empresas participavam do esquema. Ela disse que as firmas combinavam os preços entre si, de forma que sempre uma delas sairia vencedora no certame.

A delegada conta que no período, outra empresa que não fazia parte do esquema, ganhou uma das licitações, confirmando o superfaturamento, que chegava a R$ 400 mil sobre o valor cotado pela equipe de licitação do Instituto.

Cinquenta policiais participaram da ação nesta quarta-feira. Os trabalhos começaram às 6h. Foram apreendidos documentos, computadores e materiais para análise. A Polícia não confirmou os nomes das empresas envolvidas, apenas mencionou que as três em que foram realizados os mandatos são as que chefiavam o esquema e pertencem a mesma família.

A reportagem conseguiu apurar que uma das empresa envolvidas é a Dicorel, localizada na avenida Costa e Silva. Uma viatura da Polícia Federal, com pepel indicando diligência da operação ‘Volts’ está em frente a empresa desde as 6h da manhã. Segundo relatos de comércios vizinhos, o carro está parado desde cedo no local e no início do dia, várias viaturas estavam no portão de acesso pela parte de trás da empresa.

A Dicorel possui uma vasta carteira de clientes, inclusive órgão estaduais, como Sejusp (Secretária Estadual de Justiça e Segurança Pública), Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito), Fundação Estadual de Cultura, Procon, Assembleia Legislativa, Secretaria de Receita e Controle, entre outros.

As provas recolhidas na operação, como computadores, serão encaminhadas para o trabalho de perícia, que não tem prazo para terminar.