Polícia Civil fecha ‘Bar Bagdá’ por exploração sexual e tráfico de pessoas no interior de MS

A Polícia Civil, através da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) e da Delegacia de Atendimento à Infância, Juventude e do Idoso (DAIJI), deu continuidade na madrugada deste sábado (26), à operação de combate a exploração sexual, cujas investigações iniciaram em abril deste ano em Corumbá – distante a 444 km de Campo Grande. Segundo […]

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A Polícia Civil, através da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) e da Delegacia de Atendimento à Infância, Juventude e do Idoso (DAIJI), deu continuidade na madrugada deste sábado (26), à operação de combate a exploração sexual, cujas investigações iniciaram em abril deste ano em Corumbá – distante a 444 km de Campo Grande.

Segundo a delegada Joilce Silveira Ramos, titular da DAM, foi presa a dona do bar Bagdá, localizado na rua América, centro de Corumbá. Adriana Aguilar Lunes, de 38 anos, é acusada de exploração sexual em estabelecimento comercial, tráfico nacional e tráfico internacional de mulheres.

As penas são de 2 a 5 anos; 2 a 6 anos e 3 a 8 anos, respectivamente, para cada crime, em caso de condenação. “Eram inúmeras as reclamações que recebíamos da população sobre o funcionamento desse bar como ponto de prostituição em pleno centro. Isso reforçou o trabalho policial”, explicou.

“Temos provas, por meio de gravações telefônicas e depoimentos, que ela aliciava mulheres de outros Estados e da Bolívia, para a prostituição. Encontramos no bar sete mulheres e mais três em uma casa que ela mantinha também na área central, para os programas, na maioria dos casos, com turistas”, explicou a delegada Priscila Anuda Quarti Vieira. Além disso, as mulheres aliciadas de outras cidades, tinham de pagar uma espécie de locação do lugar no valor de R$ 150 cada uma por semana. “Ela lucrava com o alojamento das meninas na casa; pelos programas com turistas e pela venda da bebida no bar dela”, frisou Priscila Vieira.

A delegada explicou que o bar Bagdá tinha atualmente alvarás da Prefeitura e da própria Polícia Civil. “Mas esses alvarás foram concedidos para atividade lícita, ou seja, para venda de bebidas, petiscos e pratos e não para ponto de prostituição. Como agora conseguimos provas da exploração sexual e do tráfico de pessoas, vamos oficiar a Prefeitura e a Delegacia Regional de Polícia Civil dessas atividades ilícitas e pedir a cassação dos alvarás”, completou. Adriana está presa na Polícia Civil, mas pode ser solta caso a Justiça determine a liberdade provisória dela.

Quando as investigações iniciaram, a Polícia apurou que turistas também conseguiam entrar em um hotel, acompanhados de prostitutas, mediante pagamento de uma taxa de R$ 100. “Mas depois que iniciamos o trabalho de apuração, a direção do hotel proibiu esta prática. Mesmo assim, o dono vai ser indiciado por rufianismo”, completou a delegada Joilce Ramos ao ressaltar o crime de tirar proveito da prostituição alheia participando diretamente dos seus lucros e cuja pena prevista varia de 1 a 4 anos de reclusão.

Investigação prossegue

Desde a operação de abril, foram instaurados inquéritos para investigar denúncias de locais que, supostamente, desempenham a atividade de exploração sexual. De acordo com a delegada Priscila Anuda Quarti Vieira, a operação continua e tanto esse como demais pontos que forem identificados com a colaboração da população, serão alvos das ações policiais.

“A prostituição em si não é crime, é crime obter lucro com a prostituição alheia. Com o somatório de forças, a operação ganha mais poder de fiscalização, buscando retirar a associação entre turismo e exploração sexual, seja ela infanto-juvenil ou de mulheres. Isso vai ser uma constante na cidade em razão dos turistas que vem pra cá à procura de lazer, de conhecer nosso Pantanal e não em busca de turismo sexual”, concluiu a delegada.

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