Mais de 200 manifestantes são detidos após confronto com policiais no Rio
O confronto entre mascarados do grupo Black Bloc e a Polícia Militar do Rio de Janeiro na noite de terça-feira resultou na detenção de 208 pessoas, de acordo com profissionais da Ordem dos Advogados do Brasil. O tumulto provocado por pelo menos 100 manifestantes teve início cerca de 45 minutos depois que o sindicato dos […]
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O confronto entre mascarados do grupo Black Bloc e a Polícia Militar do Rio de Janeiro na noite de terça-feira resultou na detenção de 208 pessoas, de acordo com profissionais da Ordem dos Advogados do Brasil. O tumulto provocado por pelo menos 100 manifestantes teve início cerca de 45 minutos depois que o sindicato dos professores declarou a marcha por encerrada ontem, Dia do Professor. O grupo respondeu com bombas caseiras ao gás lançado pela polícia e arrancou placas de alumínio, instaladas em prédios públicos, lojas e bancos do Centro para evitar danos materiais, utilizando-as como escudo.
Um carro e um ônibus da polícia foram incendiados pelos manifestantes, que bloquearam as ruas ateando fogo ao lixo. “Sem hipocrisia, a polícia mata todo dia!”, gritavam os anarquistas vestidos de preto e com os rostos cobertos, enquanto caminhavam pela avenida Rio Branco, cujo tráfego foi interrompido no horário do rush.
Mais cedo, professores e profissionais de educação participaram de uma passeata em defesa da educação pública, e que marcou o Dia do Professor. O protesto seguiu pacífico até as 20h15, quando teve início um tumulto. A maior parte dos participantes da manifestação já havia deixado o protesto com a saída dos carros de som do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe).
A greve dos professores das escolas municipais do ensino fundamental do Rio começou há 61 dias, em protesto contra o plano de carreira e de salários proposto pela prefeitura. O Sindicato dos Professores, que contabilizou mais de dez mil pessoas no ato desta terça no Rio, exige que as negociações sejam retomadas. Segundo a organização, o plano aprovado beneficia apenas 7% dos afiliados, que trabalham 40 horas por semana na mesma escola. Hoje, um professor da rede municipal ganha R$ 25 por hora.
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