Delegado geral alerta policiais civis e diz que quem fizer greve vai sofrer as consequências
“Do jeito que vier, será devolvido. Ação e reação”, disse o delegado adiantando não perdoar as faltas por conta de greve prevista a partir de sexta-feira
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“Do jeito que vier, será devolvido. Ação e reação”, disse o delegado adiantando não perdoar as faltas por conta de greve prevista a partir de sexta-feira
O delegado geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Jorge Razanauskas Neto, advertiu os policiais civis nesta quarta-feira (15). Ele afirmou que o policial que aderir a greve, encabeçada pelo Sinpol/MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), sofrerá as consequências previstas em lei. “Do jeito que vier, será devolvido. Ação e Reação”, disse o delegado se referindo aos descontos de faltas.
Razanauskas explicou que agirá de acordo com o que determina a lei. “Espero que seja tudo tranquilo. Não precisa ter ameaça. A lei é tranquila. Eles [policiais] entendem que a greve é legal, mas o governo entende que a greve é ilegal”, afirmou o delegado, que também disse que aqueles que paralisarem as atividades terão a promoção prejudicada, elem do corte do ponto.
A ameaça de greve foi debatida ontem, em Campo Grande, por Razanauskas e outros 40 delegados, titulares e regionais. Eles aproveitaram a “Reunião de Avaliação de Metas da Polícia Civil” para discutirem o assunto. “Mandei eles [delegados] repassarem as informações aos policiais, para não aderirem à greve”, conta.
O delegado ainda garantiu que, entre hoje e amanhã (16), mandará publicar um ofício circular destinado a todos os policiais civis: escrivães, peritos papiloscopistas, investigadores e agentes de polícia científica. Esse documento contará com informações e orientações a respeito da greve. O ofício mostra como os dirigentes devem agir em caso de paralisação.
“Esse ofício é de 2009 e será republicado. Ele foi elaborado em outra época, quando os policiais também quiseram se organizar para proclamarem uma greve”, lembra Razanauskas.
Greve
Os policiais civis, comandados pelo Sinpol/MS, organizam uma greve da categoria a partir da próxima sexta-feira (17). O principal motivo para os policiais insurgirem contra o governo do Estado é o reajuste salarial da categoria.
A data base dos policiais é maio e eles pedem um aumento de 25%. O governador André Puccinelli (PMDB) ofereceu 7% em 2013, 8% em 2014 e 12% em 2015 mais vantagens.
Como não entraram em um meio termo, o sindicato programou a greve para o fim da semana.
Assédio moral
A respeito do possível assédio moral sofrido por agentes de um Distrito Policial de Campo Grande, o delegado geral disse que os policiais civis “estão criando um fato absurdo”.
Para o delegado, os agentes não podem abandonar as delegacias e irem para outros lugares. Na opinião dele, isso é gasto desnecessário de dinheiro público.
Agora, sobre a real possibilidade de greve, Razanauskas foi incisivo: “se eu fizer greve, eu vou sofrer as consequências. Se eles fizeram a greve, também vão sofrer. No começo, vão levar falta, como manda a lei, e desconto salarial”.
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