Após ataque de pistoleiros, MPF pede presença da polícia em aldeia de Caarapó

Área foi palco de homicídio confesso de adolescente indígena por fazendeiro da região

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Área foi palco de homicídio confesso de adolescente indígena por fazendeiro da região

O Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso do Sul ajuizou, nesta tarde, ação judicial para que a União encaminhe forças policiais para a Terra Indígena Tey’ikue, em Caarapó, sul do estado. Com a medida, o MPF quer preservar a integridade física da comunidade, que nesta manhã sofreu ataque de homens armados.

Segundo relato dos indígenas, um grupo de 12 pistoleiros se aproximou do portão da fazenda e efetuou disparos de arma de fogo, fugindo pela mata logo em seguida. Ação – realizada por volta das 10h30 desta sexta-feira (22) – não resultou em feridos, mas trouxe clima de insegurança à região.

Na noite anterior aos disparos, lideranças relataram a presença de caminhonetes rondando a Fazenda Santa Helena, onde está situado o acampamento dos guarani-kaiowá. Índios chegaram a ser abordados por um grupo de homens que buscava informações sobre as lideranças da ocupação.

Morte de adolescente indígena

A retomada da Fazenda Santa Helena aconteceu nesta segunda-feira, após o assassinato de um adolescente indígena. O jovem, que teria ido pescar com dois amigos em córrego localizado no interior da fazenda, foi encontrado morto em estrada vicinal no domingo (16). Em depoimento à Polícia Civil, o dono da Santa Helena teria confessado a autoria do crime.

Com a liberação do corpo pelo Instituto Médico Legal, a comunidade Tey’ikue decidiu enterrar o adoslecente no local do assassinato – a terra é considerada pelos índios como de seus ancestrais. Após o enterro, os índios reocuparam a fazenda. Atualmente há cerca de 500 indígenas acampados ao redor da sede da Fazenda Santa Helena.

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