Após alta médica, Maníaco da Cruz pode ser preso pela fuga da Unei, analisa advogado
Dhionathan Celestrino, o Maníaco da Cruz, 21 anos, pode responder pela fuga da Unidade de Unidade Educacional de Internação (Unei) de Ponta Porã, a 346 km de Campo Grande, de onde fugiu no dia 3 março deste ano. A hipótese foi levantada pelo presidente da Comissão dos Advogados Criminalistas da OAB/MS, Luiz Carlos Saldanha, em […]
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Dhionathan Celestrino, o Maníaco da Cruz, 21 anos, pode responder pela fuga da Unidade de Unidade Educacional de Internação (Unei) de Ponta Porã, a 346 km de Campo Grande, de onde fugiu no dia 3 março deste ano. A hipótese foi levantada pelo presidente da Comissão dos Advogados Criminalistas da OAB/MS, Luiz Carlos Saldanha, em entrevista ao Midiamax.
“Se o laudo psiquiátrico alegou que o rapaz não tem problemas mentais e ele fugiu consciente de que estava errado, então ele pode ser responsabilizado como adulto e responder pelo ato de fuga”, considerou o advogado.
Para Saldanha, mesmo que o Maníaco tenha cumprido o tempo de reclusão na Unei, ele não tinha sido liberado pela Justiça. O destino do rapaz está nas mãos do juiz da 1ª Vara da Infância e Juventude de Ponta Porã, Adriano da Rosa Bastos.
Dionathan já recebeu alta da Santa Casa de Campo Grande, onde permanece internado há mais de 20 dias. Ele está sob a escolta de três policiais militares e sendo atendido por um enfermeiro.
Outra hipótese sobre o destino do Maníaco da Cruz é a internação. “A pessoa considerada insana não pode responder pelos atos. Mesmo que com o laudo apontando que ele seja normal, se o juiz entender que o Dionathan deverá ser internado então o Estado deverá cumprir o que não cumpriu”, destacou Saldanha.
O governador André Puccinelli repetiu inúmeras vezes à imprensa que não há clínicas públicas no Estado para receber o rapaz, inclusive que teria pedido a Minas Gerais e ao Rio de Janeiro a transferência para internação, mas que os estados não aceitaram.
“Nenhuma clínica aceitar não exime o Estado da responsabilidade de tratamento. Ele não estava parado em uma cela? Não poderia ter providenciado um psiquiatra do Sistema Único de Saúde para ir lá? É uma situação complexa, porque de um lado ele já recebeu uma decisão inicial de ser tratado e esse tratamento nunca começou e por outro ele cumpriu seu tempo na Unei”, ponderou Saldanha.
O advogado ainda explicou que exceto pela fuga da Unidade de Ponta Porã, a ficha de Dionathan Celestrino agora está limpa, portanto o juiz ainda pode entender que o rapaz esteja mentalmente são e apto a reintegrar-se à sociedade.
As vítimas do “Maníaco da Cruz” foram o pedreiro Catalino Gardena, a frentista Letícia Neves de Oliveira e Gleici Kelli Silva, de 13 anos, deixados com os braços abertos e as pernas cruzadas em menção a uma crucificação. Todos foram mortos em 2008, em Rio Brilhante.
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