Travesti é preso por matar namorado e incendiar favela em SP

Policiais do 77º DP, de Santa Cecília, prenderam nesta segunda-feira o suspeito de ter incendiado a favela do Moinho na manhã de hoje, no centro da capital paulista. Segundo a polícia, o travesti Fidelis Melo de Jesus, conhecido como Eliete, teve um desentendimento com seu namorado, Damião de Melo, no início da manhã. Segundo a […]

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Policiais do 77º DP, de Santa Cecília, prenderam nesta segunda-feira o suspeito de ter incendiado a favela do Moinho na manhã de hoje, no centro da capital paulista. Segundo a polícia, o travesti Fidelis Melo de Jesus, conhecido como Eliete, teve um desentendimento com seu namorado, Damião de Melo, no início da manhã.

Segundo a polícia, os dois homens brigavam por problemas com drogas quando Eliete teria ateado fogo em uma camiseta com um isqueiro. Com a ajuda de um botijão de gás, ele conseguiu fazer com que o fogo atingisse seu companheiro. Neste momento, moradores ouviram gritos e arrombaram o barraco, que estava trancado pelo lado de dentro.

Assim que as pessoas abriram a porta, o autor do crime fugiu e o fogo se alastrou, matando Damião carbonizado. Em poucos minutos, o fogo teria se alastrado e atingido outros barracos da favela. Eliete correu para uma ambulância do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) que, sem saber das circunstâncias do ocorrido, levou o acusado para o Pronto Socorro (PS) da Barra Funda. Após ser reconhecido, o acusado foi preso em flagrante pela polícia no próprio PS. Ele vai responder por homicídio qualificado e incêndio.

A versão da polícia bate com testemunhos de moradores que informaram terem visto uma briga entre travestis pouco antes do incêndio. “Acordei por volta das 6h45 e vi pessoas brigando. Eles pareciam estar drogados e um deles estava em chamas”, relatou uma moradora. “Foi assim que começou o incêndio. Eles estavam muito loucos e um estava pegando fogo”, confirmou outro morador.

Ao atenderem a ocorrência, os bombeiros encontraram o corpo de Damião carbonizado. Foram enviadas 18 viaturas para combater as chamas e, após o controle dos focos de incêndio, foi iniciado o trabalho de rescaldo.

A comunidade fica em um local de difícil acesso, entre as linhas usadas pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). As chamas destruíram 80 moradias e deixou 300 pessoas desabrigadas em uma área de 2 mil m², segundo a Defesa Civil da cidade. A assistência social já foi acionada.

Em dezembro de 2011, a mesma favela foi atingida por um incêndio de grandes proporções, que deixou uma pessoa morta. Este é o 34º incêndio de grandes proporções registrado em favelas da capital paulista desde janeiro deste ano, o 68º contabilizado pelos bombeiros. Em 2008, o Corpo de Bombeiros registrou 130 ocorrências e, em 2009, 122. Já no ano de 2010, 91 incêndios foram combatidos, enquanto, em 2011, houve 79 casos registrados.

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