“Preso tem que trabalhar e não viver em colônia de férias”, diz advogado da OAB/MS
Presente no movimento pelo fim da impunidade e por um código penal mais rígido, que combata os crimes contra a vida, o presidente da comissão dos advogados criminalistas, Luiz Carlos Saldanha Jr., afirma que mudanças na Lei podem passar a falsa ilusão de que o Estado possui o controle da massa carcerária’. ”Este tipo de […]
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Presente no movimento pelo fim da impunidade e por um código penal mais rígido, que combata os crimes contra a vida, o presidente da comissão dos advogados criminalistas, Luiz Carlos Saldanha Jr., afirma que mudanças na Lei podem passar a falsa ilusão de que o Estado possui o controle da massa carcerária’.
”Este tipo de problema precisa de uma ação integrada entre o governo, a Assembléia Legislativa, a Secretaria de Justiça e as polícias militar e civil. Se continuar a remar cada um para o seu lado, a violência vai continuar aumentando muito a cada ano”, diz o presidente Saldanha.
A resposta dura a violência, segundo o presidente, seria possível ao copiarmos ideias já aplicadas na Europa e nos Estados Unidos, como obrigar o preso a trabalhar para ter direito a comida e roupa lavada.
”O detento deve efetivamente pagar pelo que fez e não viver como se estivesse em uma colônia de férias. E já que ele tem o custo mensal de R$ 1,8 mil aos cofres públicos, ele deveria trabalhar e não ter a opção de trabalhar ou estudar e com isso ser descontado um dia da sua pena. Na verdade, se não o fizesse, sua pena deveria ser aumentada”, avalia o presidente.
Famílias militantes
Ainda aprendendo a conviver com a dor da perda do seu filho Leonardo Batista, 19 anos, executado juntamente com seu amigo Breno Silvestrini no dia 30 de agosto, em Campo Grande, a engenheira civil Ângela Miracema Batista, 45 anos, comenta que vê a história do seu filho como um divisor de águas para a Capital.
”Hoje sei que as escolas mandam folhas inteiras de assinaturas para cada aluno levar pra casa e contribuir com a nossa causa. Medidas como esta nos mobilizam o máximo para que esta não seja mais uma morte em vão”, fala a mãe.
Da mesma maneira diz o pai de Leonardo, Paulo Roberto Fernandes, 53 anos. “Alguns momentos a dor ameniza, quando estamos com amigos, mas sozinho é que sabemos o quanto ainda dói”. “Fui à última a falar com eles e estavam ótimos, tranquilos. Então acredito que Deus tem um propósito porque poderia ter sido com qualquer um”, emenda a mãe.
Peterson, Brunão, Rayane e Ives…nomes também lembrados e eternizados pelas famílias, que até hoje lutam por Justiça. A todos eles, também foi realizada uma homenagem no pátio da OAB/MS, com a soltura de balões brancos, simbolizando a paz.
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