Polícia prende criminoso que tinha até segurança para andar nas ruas

Junto com comparsas, Leandro armou uma emboscada e alvejou a vítima no momento em que saía de um estabelecimento comercial, conhecido como o Bar do Chico

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Junto com comparsas, Leandro armou uma emboscada e alvejou a vítima no momento em que saía de um estabelecimento comercial, conhecido como o Bar do Chico

Qualificado pelo delegado Weber Luciano de Medeiros, titular da 2ª D.P. (Delegacia de Polícia), como um “bandido de alta periculosidade, integrante de uma facção criminosa e traficante de drogas”, Leandro Barbosa Varejo, vulgo “Leandrinho”, foi preso após quase oito meses de investigação, acusado de matar Lennon Medeiros Campos, em julho do ano passado, no bairro Estrela do Sul, na Capital.

”Ele saiu de Campo Grande logo após o crime e esteve foragido neste período. Quando retornou, andava com seguranças armados, que o seguiam em uma motocicleta, sempre abrindo caminho por onde ele passava. Ele é um dos matadores do grupo e é quase certo que seja responsável por outros homicídios, que ainda investigamos em conjunto com outras delegacias”, afirma o delegado Medeiros.

Junto com comparsas, Leandro armou uma emboscada e alvejou a vítima no momento em que saía de um estabelecimento comercial, conhecido como o Bar do Chico, na rua Catanduva, por volta das 20h. Lennon conversava com uma pessoa e levou os tiros, morrendo no próprio local. Um terceiro envolvido ainda é procurado pela polícia.

Meses antes, Douglas Silva Fonseca, vulgo “Macaco”, foi preso preventivamente e confessou a sua participação no crime. As armas, dois revólveres 38 e o carro, um Fiat Uno, utilizado na execução, foram encontrados, passaram por perícia que comprovaram o crime e estão em poder da polícia.

Mesmo sem a confirmação de Leandro, o delegado afirma que o crime teria motivações passionais. “A vítima teria tido um relacionamento com namorada de Leandro, agora mulher. E isso foi agravado por um desentendimento, no qual ele disse ser uma rixa, que eles tiveram. Ele tem uma cara de santo, mas não é nada disso não”, explica o delegado.

Questionado, Leandro afirma que uma antiga rixa foi o que motivou o crime. “Lennon pegou uma pistola e atirou duas vezes em mim e no meu irmão. Ele não é nenhum santo não e já vinha me ameaçando a muito tempo”, alega o acusado.

Leandro será indiciado por homicídio triplicamente qualificado pelo uso de arma de fogo, motivo torpe e impossibilidade de defesa por parte da vítima. Ele já possuía antecedentes criminais por tráfico de drogas e tentativa de homicídio e deveria estar pagando pelos crimes na Colônia Penal Agrícola.

Revolta

Quase expulsos da delegacia ao demonstrar revolta com o crime, a família de Lennon clama por justiça. “Meu irmão faleceu no dia 16 e uma semana depois nasceu a filha dele, já órfã de pai. Estamos sofrendo muito e até agora tentado entender porque isso aconteceu com ele”, diz a irmã da vítima, Naiara Medeiros de Campos.

A família organiza, ainda sem data programada, uma manifestação com cerca de três mil pessoas, entre amigos, parentes e integrantes da igreja na qual a vítima freqüentava. “Estamos terminando os banners e camisetas para o manifesto que será em frente ao Fórum. Queremos que o Leandro e os comparsas permaneçam na cadeia”, afirma Naiara.

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