PF investiga esquema formado por políticos, índios e policiais no MA

A PF (Polícia Federal) deflagrou, nesta quinta-feira (20), operação para coibir a extração ilegal de madeira em terras indígenas nos municípios de Maranhãozinho (800 km de São Luís) e Centro do Guilherme (450 km de São Luís), no noroeste do Maranhão. Trinta e quatro policiais cumpriram os sete mandados de busca e apreensão expedidos pela […]

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A PF (Polícia Federal) deflagrou, nesta quinta-feira (20), operação para coibir a extração ilegal de madeira em terras indígenas nos municípios de Maranhãozinho (800 km de São Luís) e Centro do Guilherme (450 km de São Luís), no noroeste do Maranhão. Trinta e quatro policiais cumpriram os sete mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça.

A operação Copi’i (que em tupi-guarani quer dizer cupim) desbaratou uma suposta quadrilha que, segundo as investigações, é formada madeireiros, índios, policiais militares e políticos da região. A PF não divulgou os nomes dos envolvidos. Todos vão responder processo em liberdade.

Os acusados responderão por corrupção passiva, concussão (exigir para si ou para outro dinheiro ou vantagem em razão da função), prevaricação (retardar ou deixar de praticar ato de ofício), formação de quadrilha ou bando e peculato (funcionário público que toma posse de algo pertencente à administração pública).

O esquema

A PF informou que o esquema de retirada ilegal da madeira contava com a participação da Prefeitura de Centro do Guilherme, que cobraria uma taxa para que os caminhões de madeireiros entrassem na reserva e retirassem toras. A madeira seria vendida a serrarias.

A investigação apontou que o dinheiro arrecadado com a entrada dos caminhoneiros não ia para os cofres públicos, mas sim, era desviado para os integrantes da quadrilha.

“Ao pagar a taxa o caminhoneiro recebia um ticket, que comprovava o pagamento e dava direito de ingressar na reserva. Esse controle de entrada dos caminhões era feito por guardas municipais armados ilegalmente instalados em ‘barreiras/cancelas’ no povoado Centro do Elias e na zona rural de Maranhãozinho, sob supervisão de um sub-tenente da Polícia Militar da região”, informou a PF, por meio de nota.

Segundo a PF, além da acusação de corrupção, a atividade era ilegal pois não tinha autorização do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Meio Ambiente) ou da Funai (Fundação Nacional Índio).

As investigações tiveram início com a Operação Arco de Fogo, em 2011, com o levantamento de informações sobre desmatamento na reserva indígena Alto Turiaçu, do Maranhão, que gerou um inquérito da PF.

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