Lojistas da Coronel Antonino e Polícia decidem por operação após onda de assaltos

Região registrou dez ocorrências em menos de uma semana, com casos de furto, roubo e até explosão a um caixa eletrônico

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Região registrou dez ocorrências em menos de uma semana, com casos de furto, roubo e até explosão a um caixa eletrônico

“Foi a gota d’água e motivo para tomarmos alguma providência”. É o que concluíram os comerciantes do bairro Coronel Antonino, região norte da Capital, após uma onda de assaltos, em que dez casos de furto, roubo e até uma explosão a um caixa eletrônico foram registrados em pouco mais de uma semana.

“Os crimes estão acontecendo principalmente após as 22h. E conversamos com os lojistas do centro, que muitas vezes sentem o mesmo clima de insegurança, então decidimos organizar uma reunião em conjunto com a polícia e a comunidade, através do Conselho Comunitário de Segurança da região central de Campo Grande”, afirma o presidente do conselho, Adelaido Luiz Espinosa Medina.

Através do evento, ficou decidido que uma operação entre as forças policiais será realizada no local. “A Ciptran (Companhia Independente de Policiamento de Trânsito) trará parte do efetivo para a região e também teremos policiamento ostensivo diariamente, tanto no período diurno quanto noturno. E em um mês vamos nos reunir novamente para fazer um balanço e saber se deu certo ou não”, garante Adelaido.

Além de falar do clima de insegurança, o Conselho comunitário aproveitou a presença dos policiais para falar sobre a falta de estrutura e de recursos oferecidos pelo governo a categoria.

Falta de efetivo

“Nosso conselho realizou um levantamento e constatou que existe na Capital um policial para cada 350 pessoas. E, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), o correto seria um profissional para cada 250 pessoas. Então essa escassez reflete a necessidade da realização de concurso público para aumento do efetivo e também melhores condições de trabalho, como mais viaturas e camburão nas delegacias”, afirma o presidente Adelaido.

O número total é de oito mil homens no Estado, sendo que seis pertencem a Polícia Militar e dois a Polícia Civil. “E se todos esses homens estivessem nas ruas ainda estaria bom, mas boa parte trabalha no administrativo e com isso a escassez fica maior ainda. Mas, ninguém fala mal do governo por medo e quando a gente fala ninguém chega perto, parece até que estamos com uma doença contagiosa”, ironiza o presidente.

Com relação às ocorrências, o delegado da Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos), Fabiano Nagata, cita que a população atualmente realiza o “georreferenciamento”, onde as regiões com maior incidência de crime estão sendo monitoradas. “Foi através deste sistema que prendemos recentemente uma quadrilha que agia no bairro Coronel Antonino e também no bairro Nova Lima”, fala o delegado.

E como alerta aos comerciantes, a delegada titular da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, Roseman de Paula e o delegado titular da 1ª D.P. (Delegacia de Polícia), Wellington de Oliveira, relembram a importância do registro da ocorrência.

“Os fatos delituosos precisam chegar ao conhecimento da polícia e só com o registro das vítimas é que iniciamos as diligências. E assim como cuidamos da nossa saúde primária, também devemos ter cuidado com a nossa segurança primária, guardando e olhando os nosso pertences”, explica a delegada.

Projeto

A instalação de câmeras externas nas agências bancárias da Capital também foi motivo de reivindicação. “O Bradesco da avenida Coronel Antonino passou por este assalto, com a explosão dos caixas eletrônicos e a polícia não possui imagem alguma para colaborar com as investigações. Agora aproveitamos a presença de gerentes aqui na reunião para reivindicar a instalação de câmeras externas nos bancos”, conclui o presidente do Conselho de Segurança, Adelaido.

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