É fria: “minifestação” com Lego esquenta o sangue da polícia russa

Aparentemente, as coisas andam calmas até demais na cidade de Barnaul, na Sibéria (Rússia). Talvez por isso a polícia de lá resolveu se dedicar a assuntos realmente importantes, como descobrir quem diabos inventou um protesto contra o governo usando bonequinhos, e como fazer pra botar no xadrez esse povo criativo. Mas talvez esse seja o […]

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Aparentemente, as coisas andam calmas até demais na cidade de Barnaul, na Sibéria (Rússia). Talvez por isso a polícia de lá resolveu se dedicar a assuntos realmente importantes, como descobrir quem diabos inventou um protesto contra o governo usando bonequinhos, e como fazer pra botar no xadrez esse povo criativo.

Mas talvez esse seja o menor dos problemas para as autoridades agora. O que rola é que a manifestação pode até ser de brinquedo, mas as exigências não são. “Queremos eleições limpas” e “ladrões têm de ficar na cadeia, e não no Kremlin (sede do governo russo)” são algumas das frases de ordem escritas nos minúsculos cartazes levados pelos “indignados” – bonecos de Lego, ursinhos de pelúcia e personagens do desenho animado “South Park”.

Tudo culpa das autoridades, que anteriormente proibiram outros atos públicos contra o governo. Com a manifestação (minifestação?), os críticos do regime questionam a lisura das eleições no país. Para os opositores, o resultado das eleições parlamentares de dezembro e a iminente recondução de Vladimir Putin à presidência do país são fruto de armação.

O pior, pro governo, é que o protesto de brinquedo é peixe pequeno perto dos que vêm por aí. No dia 4 de fevereiro, um mês antes de um ratificação presidencial que deve pôr Putin de volta ao Kremlin, a oposição espera juntar dezenas de pessoas para marchar no centro da cidade. O Lego era mais difícil de ser visto de longe, pelo menos.

 

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