Policial que matou a colega com quem diz ter mantido romance é condenado a 16 anos

Mesmo com a sentença, o investigador Vasques, que matou dois anos atrás a investigadora Elaine Yamazaki, com quem mantinha com uma relação extraconjugal, vai permanecer em liberdade até que se esgotem os recursos judiciais que contestem a condenação

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Mesmo com a sentença, o investigador Vasques, que matou dois anos atrás a investigadora Elaine Yamazaki, com quem mantinha com uma relação extraconjugal, vai permanecer em liberdade até que se esgotem os recursos judiciais que contestem a condenação

O investigador da Polícia Civil Cleidival Antônio Vasques Bueno, 47, acusado de matar com um tiro a também investigadora Elaine Vian Yamazaki, em março de 2009, em Campo Grande, foi condenado a 16 anos de prisão, em julgamento realizado nesta sexta-feira.

O réu, que estava solto, deve permanecer em liberdade até que se esgotem os recursos judiciais. Ele disse que mantinha relação amorosa com a vítima.

“Sinto-me aliviada e quero vê-lo na cadeia. Não acho certo que este homem mesmo tendo feito o que fez continue trabalhando numa delegacia da polícia”, disse a mãe da policial logo após ouvir a sentença.

Vasques, como é conhecido o policial, ficou preso por 46 dias e hoje cumpre expediente na Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos).

“Solto ou preso, se condenado a 14, 20 ou 30 anos, a mim significa a mesma coisa, minha mulher não volta mais”, protestou Wilson Yamazaki, o marido da policial morta.

Elaine foi morta no dia 13 de março de 2009, quando saia da faculdade, onde cursava Direito. Ela dirigia seu carro e, no caminho, foi parada pelo policial, que pilotava uma motocicleta.

O investigador, segundo versão dele, sentou no banco do passageiro para conversar com a policial. Os dois teriam discutido e a arma, que teria ficado no painel do carro, disparado.

O tiro acertou a cabeça da investigadora, que morreu no local. O policial fugiu do local e foi detido no dia seguinte, na delegacia onde trabalhava com a colega. Os dois atuavam na delegacia de proteção à mulher.

Já o exame pericial indica que o tiro foi disparado de cima para baixo, o que põe em dúvida a versão do policial.

O advogado Renê Siufi, defensor de Vasques, tentou desqualificar o crime, e defendeu a ideia do tiro disparado acidentalmente. Sua versão foi vencida.

Já o promotor de Justiça Douglas Odergardo, insistiu que o policial atirou com a intenção de matar a policial por motivo fútil, sem dar à vítima a chance de defesa. O julgamento durou cerca de cinco horas e contou com a presença de amigos e parentes da policial.

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