Polícia investiga bate-papos na internet de adolescente estuprada perto do shopping
A garota de 17 anos de idade foi atacada por dois homens em ponto de ônibus na avenida Afonso Pena. Polícia investiga as redes sociais nas quais a jovem tem perfis, como Orkut, Facebook e MSN.
Arquivo –
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A garota de 17 anos de idade foi atacada por dois homens em ponto de ônibus na avenida Afonso Pena. Polícia investiga as redes sociais nas quais a jovem tem perfis, como Orkut, Facebook e MSN.
Depois de colher o depoimento da adolescente de 16 anos, que denunciou ter sofrido estupro na noite do último domingo, nas proximidades de um shopping localizado na Avenida Afonso Pena, agora a polícia investiga as redes sociais nas quais a jovem tem perfis, como Orkut, Facebook e MSN.
Isto pode dar alguma pista de um provável contato que a vítima possa ter feito com alguém e que tenha fornecido as informações que levaram até ela.
Existe a possibilidade de alguém começar a fazer parte da rede de amigos da adolescente, por exemplo, utilizando outro nome e até outra foto falsa. A polícia quer saber se, durante algum bate-papo pela internet, a jovem poderia ter passado alguma informação que pareça ingênua, mas que alguém possa ter utilizado.
Não foi revelado se a menor confirmou se tinha algum relacionamento numa destas redes sociais nem se teria marcado algum encontro com alguém para “se conhecerem”. Há registro de muitos casos nos quais esses encontros marcados pela internet acabam em situações de abuso. Outra hipótese é de que a vítima tenha sido, de fato, escolhida aleatoriamente.
Em casos como este, já num primeiro depoimento da vítima, é de praxe a autoridade policial questionar a vítima se ela possui redes sociais de amigos, se teve alguma conversa onde passou alguma informação ou detalhe que tenha dado brecha para a ação criminosa.
Outras informações como se tem namorado ou paquera também são levadas em conta pela investigação. Embora a adolescente possa ser uma vítima que foi sondada pela internet, o fato principal investigado é a suposta violência sexual sofrida – que pode ser confirmada ou descartada por meio de laudo médico. Mesmo que a vítima, por exemplo, marque um encontro para conhecer alguém, isto não dá o direito ao agressor de praticar qualquer violência.
O caso
A adolescente afirma que foi abordada por dois homens quando esperava um ônibus do transporte coletivo, na Avenida Afonso Pena, sentido centro-Parque dos Poderes. Segundo seu relato, por volta das 20h os dois se aproximaram e a ameaçaram com uma pedra pontuda e a levaram até um matagal ali próximo onde, em pé, a violentaram. Ela relatou que enquanto um a segurava o outro praticava o estupro, isto revezadamente.
A delegada titular da Depca (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e à Juventude), Márcia Rodrigues esteve no local onde a adolescente afirma ter sofrido o estupro. No local foi recolhida uma garrafa de água mineral que pode ser a mesma que os homens beberam e poderiam ter deixado saliva. O material genético pode ajudar a comprovar a autoria no caso de prisões. Outros materiais também foram recolhidos no local, mas não foi revelado do que se trata.
Desde o acontecimento, ao menos três homens já foram detidos como suspeitos do estupro, mas a jovem descartou a autoria de todos e eles foram liberados. Novas diligências estão sendo feitas na tentativa de prender os dois homens, inclusive os retratos falados deles foram distribuídos nas polícias.
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