Ex-marido ameaça mulher internada na Santa Casa e família quer proteção policial

Família pede intervenção policial para proteger Patrícia, que levou três tiros disparados pelo ex-marido e está internada na Santa Casa. Com prisão decretada, o suspeito é considerado foragido.

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Família pede intervenção policial para proteger Patrícia, que levou três tiros disparados pelo ex-marido e está internada na Santa Casa. Com prisão decretada, o suspeito é considerado foragido.

ERRATA: Ao contrário do noticiado anteriormente, o nome do padrasto da vítima é Edmilso Carlos dos Santos e não Edemilson Alves Guimarães, que na verdade é um dos policiais que prestaram atendimento à ocorrência.

A família de Patrícia Oliveira Guimarães, 31 anos, que está internada na Santa Casa de Campo Grande depois de ser baleada pelo ex-marido Márcio Leão Cavalcante, 28, entrou com um pedido de medidas protetivas, que é um atendimento de escolta hospitalar para manter a integridade e a saúde da paciente.

O motivo do pedido é porque a família desconfia que o autor estaria tentando ter acesso à mulher, se passando por outra pessoa.

Segundo a mãe de Patrícia, Maria Aparecida, uma pessoa já ligou várias vezes na Santa Casa querendo informações sobre o estado de saúde da paciente.

Além disso, esta mesma pessoa tentou, via telefone, convencer os atendentes de que é um parente do interior do Estado e que, portanto, não possui carteirinha de visitante.

A ideia seria entrar sem a documentação. O temor é que a pessoa poderia estar ligando a pedido de Márcio.

Mesmo não tendo certeza de que o autor das ligações é Márcio ou alguém ao seu pedido, os familiares de Patrícia temem que seja alguém ligado ao acusado.

“Desde que aconteceu a tentativa de matá-la, a gente não dorme mais direito. Vivemos com medo dele aparecer aqui porque se fez isto (tiros) contra a ex-companheira, imagina com a gente”, diz Maria Aparecida.

Outro ponto que levou a família a pedir proteção policial é que um homem numa moto está passando em diferentes horários em frente à casa da mãe da vítima, mas não foi possível ter certeza de que era Márcio. “O motoqueiro fez gestos ameaçadores. Estamos com medo de que o pior possa acontecer com a Patrícia”, diz a mãe.

Márcio é considerado foragido, uma vez que a delegada titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), Lúcia Falcão encaminhou um pedido de prisão que foi concedido pela justiça.

O caso

Na noite de 14 de maio, por volta das 20h30, Patrícia levou três tiros do ex-marido em frente à casa de sua avó, no bairro Jardim Monumento, em Campo Grande.

O padrasto da vítima, * Edmilso Carlos dos Santos, informou que ele e sua enteada estavam na casa da avó dela, quando seu ex-marido chegou e pediu para conversar com Patrícia.

Apontado pelas testemunhas com o autor dos disparos, Márcio teria dito que queria retomar o relacionamento com Patrícia de Oliveira, e pediu para que seu padrasto e o filho de quatro anos do casal os deixassem sozinhos para conversar.

Edmilso teria continuado observando o “encontro” pela janela da casa, quando viu que Márcio começou a atirar contra Patrícia. Ele deu cinco tiros que atingiram os ombros e a barriga da ex-mulher. Como as balas eram explosivas, vários órgãos da vítima ficaram praticamente destruídos. (Colaborou Priscilla Peres. Material editado às 8h24 de 25 de maio de 2011 para correção de informações).

Conteúdos relacionados