A Polícia Civil de Jundiaí instaurou inquérito nesta segunda-feira para apurar o assassinato do técnico de informática Alex Furlan de Santana, de 29 anos, morto com um tiro na cabeça durante uma briga entre torcidas organizadas do Palmeiras e do São Paulo, na altura do posto Lago Azul, no quilômetro 58 da Rodovia dos Bandeirantes. Santana estava com um grupo de torcedores palmeirenses que saíram de Limeira para assistir ao clássico no Palestra Itália, neste domingo.

Além de Santana, outras 11 pessoas ficaram feridas após o confronto iniciado por volta das 23 horas à margem da rodovia. O torcedor limeirense morreu a caminho do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo, em Jundiaí, durante a madrugada. O corpo de Santana chegou a Limeira no fim da tarde desta segunda e será sepultado às 9h30 desta terça, no Cemitério da Saudade.

Segundo Antônio Dota Júnior, titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jundiaí, há informações de que os palmeirenses pararam no posto e o motorista do ônibus que levava os são-paulinos foi obrigado pelos torcedores a também parar. “A confusão não foi no posto, foi no canteiro. Mas ainda é prematuro falar em autoria do crime. Vamos levantar informações com as empresas de ônibus e listas de passageiros”, afirmou o delegado.

A polícia vai ouvir ainda policiais militares, funcionários do posto de gasolina e os torcedores feridos. “Ninguém foi preso em flagrante porque quando a Polícia Militar chegou ao local não dava para saber quem era agressor e quem era vítima”, alegou Júnior.

A polícia apreendeu pedaços de pau com pregos e barras de ferro. O projétil que matou Santana já está com a polícia e, segundo Júnior, é de um revólver calibre 38. A Polícia Civil agora aguarda o laudo de balística e o resultado de exames feitos por peritos.