Agnaldo Gonçalves vai responder em liberdade por um dos crimes mais chocantes já ocorridos no trânsito de Campo Grande

O jornalista Agnaldo Ferreira Gonçalves, 60, acusado de matar a tiros uma criança de dois anos durante uma briga de trânsito, em novembro passado, em Campo Grande, foi posto em liberdade ontem por volta das 15 horas, cerca de dez minutos após a Segunda Turma Criminal do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) ter mandado soltá-lo.

Daqui dois meses, em abril, Gonçalves deve prestar depoimento acerca do processo que o incrimina por homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificada e porte ilegal de arma.

Preso desde 18 de novembro passado, dia que ocorreu um das piores tragédias já registradas no trânsito da Capital, o jornalista conquistou a liberdade porque o TJ-MS interpretou que o réu é primário, possui residência fixa e ocupação lícita e ainda por ter bons antecedentes.

A Justiça havia negado uma vez o habeas corpus a favor do jornalista que, segundo seu advogado, Valdir Custódio da Silva, não deve prestar declarações à imprensa acerca do caso enquanto estiver respondendo o processo em liberdade.

Agnaldo Gonçalves é acusado de matar Rogério Mendonça, de dois anos de idade. Ele conduzia um Fox pela avenida Mato Grosso, quando teria discutido com o condutor da caminhonete L-200, Aldemar Pedra Neto, 20, tio da criança. As versões são conflitantes.

Pedra Neto teria fechado jornalista perto de um sinaleiro e o xingado depois. Logo adiante, os dois desceram dos carros e trocado insultos. O jornalista diz que teria levado um tapa do rapaz, que nega agressão. Na esquina da Mato Grosso com a rua Rui Barbosa, Agnaldo Gonçalves sacou uma pistola e disparou quatro vezes contra a caminhonete, tiros que atingiram a criança e o avô dela, que ficou ferido no rosto, mas sobreviveu.

Depois disso o jornalista foi a uma delegacia e lá ficou preso. Saiba mais sobre esse caso em notícias relacionadas, logo abaixo.