Orlando Pereira vivia num edifício construído com um apartamento por andar; ele também sofreu condenação na Espanha e Itália

Policiais federais prenderam nesta segunda-feira num luxuoso apartamento no Rio de Janeiro, o catarinense Orlando Pereira, de 58 anos de idade, acusado de traficar droga na década de 80 na região de Corumbá, informou o G1. Pereira, tido como foragido da prisão é acusado também agir no tráfico de entorpecentes em países como a Espanha e Itália.

De acordo com o G1, Orlando Pereira responde por tráfico internacional de drogas e, segundo informações da PF, possui uma condenação de 24 anos na Itália e já cumpriu pena de um ano e seis meses Espanha.

No Brasil, diz o site, de sete condenações, cinco são de varas federais e outras duas estaduais. Uma delas é de Corumbá, em Mato Grosso do Sul. O total das penas passa de 30 anos de prisão.

Luxo

Pereira foi preso por agentes da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat), no sábado (6), no apartamento de luxo onde morava – um duplex em um edifício que tem uma unidade por andar -, em Copacabana, na Zona Sul do Rio. “Ele é o típico matuto (que abastece várias comunidades com drogas), aquela figura que a gente não costuma ver”, disse o delegado Fernando Vila Pouca, titular da Deat.

As investigações indicavam que, depois de ter fugido do presídio Evaristo de Moraes, em São Cristóvão, em 1997, ele teria se refugiado em Minas Gerais, onde teria se tornado dono de um garimpo de diamantes em São Gonçalo de Abaeté. Ele foi preso pela primeira vez quando saía com drogas de Corumbá em direção ao Rio, em 1982.

Investigações

Orlando estava sendo monitorado há cerca de dois meses pela polícia do Rio depois de informações de que ele teria voltado e estava fornecendo, a partir de seus contatos, drogas para traficantes de favelas da Zona Sul e Norte, entre elas Alemão e Cidade Alta.

Na apresentação, Orlando admitiu seu envolvimento com o tráfico internacional de drogas, mas negou que seja dono do garimpo em Minas. “Trabalho lá desde 1988 com meus seis filhos”, disse. A polícia vai pedir autorização à Justiça para fazer o levantamento de seus bens e de pessoas ligadas a ele.

Segundo a polícia, Orlando também utilizava os nomes Vilmar Pereira e Daniel Ficher Júnior. (com informações do G1)