Regulamentação do Futebol

O Rio de Janeiro se confunde com a história e o sucesso do futebol brasileiro. Nasceu em Bangu, trazido pelos ingleses da Fábrica de Tecidos, no início do século passado, e de lá para cá fez do Brasil o país do futebol. No Rio também, os clubes importantes foram os reveladores dos craques, até os […]

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Aristóteles Drummond
Aristóteles Drummond

O Rio de Janeiro se confunde com a história e o sucesso do futebol brasileiro. Nasceu em Bangu, trazido pelos ingleses da Fábrica de Tecidos, no início do século passado, e de lá para cá fez do Brasil o país do futebol. No Rio também, os clubes importantes foram os reveladores dos craques, até os anos 1960, quando se consolidaram no grupo de grandes os paulistas, mineiros, gaúchos e pernambucanos, principalmente. Mas o Rio é o do Maracanã – Estádio Mário Filho, sede da CBF –, aeroporto de destino dos campeões mundiais.

Como do destino ninguém foge, nem as instituições, o projeto de modernização do futebol, optativo, que é a regulamentação e segurança jurídica da opção pelo clube-empresa, deve se tornar realidade pelas mãos de um carioca, o senador Carlos Portinho.

Advogado especializado no esporte, advogou para clubes e jogadores, foi vice-presidente jurídico do Flamengo e escolhido pelo senador Rodrigo Pacheco, autor do projeto em tramitação no Senado e na boca para ser pautado, para dar a forma final, com base em seu conhecimento e grande poder de diálogo, convencimento e espírito público. Ao que tudo indica, a proposta de Carlos Portinho vai deixar a escolha a critério de cada clube, apenas ao regulamentar e definir tratamento legal e fiscal adequado.

Não se pode tapar o sol com a peneira, como querem alguns, inclusive palpiteiros sobre o assunto no Congresso. No Brasil, os clubes têm um longo histórico de dívidas de toda natureza, especialmente fiscais, muitas vezes trabalhistas, e os projetos aprovados até aqui e alguns em tramitação, no fundo, visam mais um refinanciamento destas dívidas. A visão do senador fluminense tem por base aproveitar o que há de positivo na experiência internacional, evitando os erros cometidos nos EUA como na Europa. Pelo interesse que desperta, não cabe mais ao futebol ser trampolim para aspirações políticas do que se convencionou chamar aqui de “cartolas”.

O entendimento do presidente do Senado, que chamou a seu projeto o colega expert no assunto, é exemplar.

 Aliás, o Estado do Rio também já tem o melhor exemplo de um clube administrado com modernidade e eficiência, contas em dia: o Boavista, de Saquarema, que está no Campeonato Estadual e tem figurado bem em outros certames. Recentemente, esteve no Dubai, com sucesso. Foi fundado pelo carismático e saudoso José Luca Magalhães Lins e seu irmão João Paulo, cuja discrição não consegue esconder o talento, a liderança e a admiração que fazem por merecer de todos pela gestão do clube e do legado do irmão.

Neste jogo, o gol é do senador Carlos Portinho !!!

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