A união faz a força

Eleito Governador do então Estado da Guanabara, pelas oposições ao regime militar, em 1965, Negrão de Lima, notável político formado na sua Minas Gerais e no seu histórico PSD, logo tratou de se entender com os governos militares. Seu mandato acompanhou o de Castelo Branco, Costa e Silva e Emilio Médici. Assim, fez parcerias memoráveis […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
A união faz a força
Aristóteles Drummond

Eleito Governador do então Estado da Guanabara, pelas oposições ao regime militar, em 1965, Negrão de Lima, notável político formado na sua Minas Gerais e no seu histórico PSD, logo tratou de se entender com os governos militares. Seu mandato acompanhou o de Castelo Branco, Costa e Silva e Emilio Médici.

Assim, fez parcerias memoráveis na vida do Rio de Janeiro, como a feita com o BNH, que lhe permitiu construir 35 mil habitações populares e remover as favelas do entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas – o que, hoje, se reconhece que foi de fundamental importância para estarmos de pé.

Também não faltaram recursos para obras emblemáticas como o alargamento da Avenida Atlântica e os acessos à Barra da Tijuca, incorporando esta imensa área a uma cidade que estava estrangulada. Houve recursos também para dar continuidade ao grandioso projeto do Guandu, iniciado por seu antecessor e adversário Carlos Lacerda. Impulsionou ainda a Universidade do Estado da Guanabara, cujo campus justamente leva seu nome.

Essa lembrança vem a propósito da eleição provável de Eduardo Paes, que certamente vai repetir o sucesso que teve quando do mandato anterior ao manter o melhor diálogo com os governos da União e do Estado. Eleito, é o que certamente vai fazer, pois já tem na cabeça o que o Rio precisa para sair das dificuldades que vive, mas que depende de apoios. A arte de governar pede habilidade, determinação e vontade política. Muito0 feio a exploração na campanha de suas boas ligações com o então Governador e então Presidente da República. Deveria ser elogiado por isso. Fechadas as urnas vamos unir as pessoas de bom senso para ajudar a vencer a crise que nos  aflige.

Eduardo Paes sabe que seu futuro político será construído não por alianças políticas, mas por realizações na cidade mais querida do Brasil, mais observada e que projeta no estado e no país seus talentos. Atropelado no passado por problemas que fugiam a seu controle, a juventude lhe proporcionou esta segunda oportunidade, que o encontra mais amadurecido. Parte desde amadurecimento foi sofrido, pois o jogo sujo que vem enfrentando, e não por parte do opositor, amadurece e entristece. Mas ele tem força para superar, vencer e convencer.

 

Setores sensíveis da cidade dependem de criatividade e alianças, como são os casos do turismo, do entretenimento, da cultura. O Rio voltará a ser o centro das atenções nacionais e internacionais no Brasil.

 

Tem tudo para dar certo. Já não aguentamos mais decepções…