O bombardeiro B-2 Spirit, aeronave “invisível”, foi utilizado pelos EUA para ataque ao Irã, no último sábado (21). Ele é uma espécie de arma secreta do governo americano. Suas capacidades não são totalmente divulgadas ao público, mas algumas de suas características são conhecidas.
Como ele é por dentro?

A aeronave foi revelada por jornalista e ex-oficial de inteligência da Marinha dos EUA. Naveed Jamali voou com o B-2 Spirit para um episódio comemorativo das mais de três décadas do avião na série de reportagem Unconventional, da revista americana Newsweek, em 2023.
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B-2 Spirit tem dois conjuntos de armas para combates “convencionais” e as para bombardeios nucleares. Além disso, ele passou por atualizações indiscriminadas pelos engenheiros nas últimas três décadas para seguir o bombardeio mais letal dos EUA, acompanhando interferências de avanços tecnológicos como os smartphones e smartwatches.

Entre os “confortos” disponíveis aos seus pilotos estão banheiros químicos e aromatizadores (como aqueles de carros, pendurados no teto do cockpit) para combater odores indesejados dentro da aeronave. O piloto e o comandante de missão, os únicos dois tripulantes do B-2, ainda podem utilizar fraldas e urinóis disponibilizados com seus equipamentos durante as longas missões.
Para descansar, os oficiais utilizam sacos de dormir sobre colchões infláveis atrás dos apertados assentos. Além disso, é possível levar alimentos e há um micro-ondas a bordo para esquentar comida durante o voo. Assentos projetados para ejetar costumam ser desconfortáveis, segundo Jamali, por isso pilotos devem se levantar periodicamente e se alongar em plena missão.
Jamali estima que 30% das filmagens feitas tenham sido apreendidas pela Força Aérea dos EUA por questões de segurança nacional. No entanto, ele conseguiu mostrar um pouco de como funciona a Base Aérea de Whiteman, no Missouri, e como é a preparação de pilotos e da equipe envolvida nas missões do B-Spirit.
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Número exato da frota é segredo. Haveria cerca de 20 bombardeiros B-2 em operação atualmente, no entanto, número exato da frota e localização dos seus hangares são secretos, para que as aeronaves não sejam flagradas pelo pentágono e/ou o comandante da base, caso contrário os oficiais da Força Aérea têm o direito de usar “força letal” contra quem entrar ali — fotografias são proibidas e mesmo quem trabalha na área é revistado.
Whiteman foi escolhida como uma das bases para abrigar o B-2 Spirit, por sua localização central no território americano. Desta forma, seria fácil chegar a qualquer uma das costas do país, conforme a necessidade. No entanto, dada a distância de potenciais alvos, a aeronave passa por operação de reabastecimento frequentes em meio a missões que podem durar até 40 horas.
O quão letal é o B-2?
Voando sem ser detectado pelos sistemas de defesa aérea inimigos, o B-2 é conhecido por ser “invisível”. Segundo a Força Aérea dos EUA, ele é construído pela Northrop Grumann para permanecer oculto de sinais de radares acústicos, infravermelhos, eletromagnéticos e visuais.
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Tem carga total máxima de 20 toneladas. O preço da aeronave é de cerca de US$ 2 bilhões (pouco mais de R$ 11 bilhões, na cotação atual).
Capaz de voar por horas sem necessidade de pousar para abastecer. Dependendo da carga, o B-2 tem uma autonomia de voo de até 9.600 quilômetros, o que classifica como uma aeronave que consegue realizar missões intercontinentais.
No ataque do fim de semana, por exemplo, os B-2 voaram por 18 horas entre o território continental dos Estados Unidos e o Irã. A aeronave conta com múltiplos sistemas de reabastecimento em pleno voo.
O B-2 pode carregar a bomba antibunkers GBU-57. A ogiva de 13.607 quilos é capaz de penetrar 61 metros abaixo da terra antes de explodir. A bomba é a única arma capaz de destruir instalações nucleares iranianas situadas em grandes profundidades.
O avião foi usado em diversas missões da Força Aérea dos EUA. A fabricante diz que ele foi usado para uma missão de 31 horas que saiu do Missouri, nos EUA, até Kosovo, no sudeste da Europa. A missão mais longa, no entanto, foi uma que durou 44 horas sobrevoando o Afeganistão em 2001.
*Informações UOL
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