A morte da secretária médica Sheila Seleoane, de 61 anos, em janeiro do ano passado, em seu apartamento em Londres, no chamou a atenção porque o seu corpo foi encontrado quase três anos depois do falecimento.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, a secretária não tinha amigos ou familiares próximos e também não foi contatada pela Peabody Trust, associação habitacional que é gestora do imóvel, quando parou de pagar o aluguel em 2019.

O corpo só foi descoberto depois de um alerta à polícia local sobre danos em uma porta da varanda do apartamento. Sem resposta da moradora, as autoridades forçaram a entrada.

De acordo com a reportagem do jornal britânico, vizinhos haviam reclamado repetidamente do cheiro da residência de Seleoane, mas a Peabody Trust não fez nada para ajudar os moradores.

Relatos dos vizinhos trazidos pelo jornal apontam que moscas e vindas do apartamento da secretária apareceram em outras residências. Em outubro de 2020, um vizinho apontou que o apartamento da moradora estava com um cheiro de cadáver.

O relatório final do caso encontrou ao menos 89 tentativas de contato com Seleoane entre agosto de 2019 e fevereiro de 2022, que não foram respondidas, nem acompanhadas.