Carta de Cristovão Colombo que fala sobre Américas é devolvida a Roma após anos desaparecida

Uma carta escrita por Cristóvão Colombo em 1493, no século 15, que registra suas mais recentes descobertas em explorações nas Américas, foi encontrada nos Estados Unidos depois de décadas desaparecida. O objeto foi devolvido para Roma, na Itália, nesta quinta-feira, 19, pelo Departamento de Imigração e Alfândega dos EUA.

A carta, escrita em março de 1493, é destinada ao rei Fernando e à rainha Isabella, os monarcas que ajudaram a financiar sua viagem ao Novo Mundo. Ela foi enviada para Roma, onde foi impressa em latim como um panfleto por Stephan Plannck, um importante impressor da época, e distribuída para bibliotecas em toda a Europa.

O impressor erroneamente deixou o nome da rainha fora da introdução do panfleto (a edição chamada Plannck I), mas rapidamente percebeu seu erro e reimprimiu o panfleto, que incluía o nome da rainha (a edição chamada Plannck II), alguns dias depois. Cerca dessas primeiras 30 cópias sobreviveram desde então.

O objeto está em posse das autoridades dos Estados Unidos desde 2020 e, na época, chegou a ser avaliada em mais de U$ 1,3 milhão

Desde setembro de 2011, o Homeland Security Investigations (HSI), um órgão do departamento de Imigração, vem conduzindo uma investigação internacional relacionada a várias cartas impressas historicamente significativas de autoria de Cristóvão Colombo. A investigação revelou que várias edições originais da Carta de Colombo foram roubadas de várias bibliotecas europeias e substituídas por falsificações sem o conhecimento dos funcionários da biblioteca ou das agências policiais locais.

Mas esta em questão, diferentemente das outras recuperadas anteriormente, desapareceu da Biblioteca Nazionale Marciana. A investigação determinou que, em maio de 2003, um colecionador agindo de boa fé, sem saber, comprou a carta Columbus Letter-Plannck I da Biblioteca Nazionale Marciana de um negociante de livros raros nos Estados Unidos.

O documento foi devolvido em mãos pelo vice-diretor do Departamento de Imigração e Alfândega dos EUA, Patrick J. Lechleitner, que viajou a Roma para repatriar a edição original. “Esta é a quarta edição original desta carta roubada nas últimas décadas e não poderíamos estar mais felizes em devolvê-la.”, disse.