Voos à Ucrânia são interrompidos e redirecionados diante de aumento de tensão

A Rússia nega que pretenda invadir a Ucrânia, mas reuniu mais de 100 mil soldados perto da fronteira ucraniana

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Tropas russas na fronteira com a Ucrânia. Foto: Igor Vsevolodovich Girkin
Tropas russas na fronteira com a Ucrânia. Foto: Igor Vsevolodovich Girkin

Em meio aos crescentes temores de uma invasão da Rússia na Ucrânia, mesmo com negociações diplomáticas com o Ocidente em andamento, empresas aéreas estão redirecionando voos com destino à Ucrânia.

A companhia aérea ucraniana SkyUp comunicou, neste domingo, 13, que um voo com origem em Madeira, Portugal, para Kiev, foi desviado para a capital da Moldávia, Chisinau, depois que o arrendador irlandês do avião afirmou proibir voos no espaço aéreo ucraniano.

No sábado, 12, a companhia aérea holandesa KLM também cancelou voos para a Ucrânia até novo aviso. A sensibilidade holandesa ao perigo potencial no espaço aéreo ucraniano é alta após o ataque de um avião da Malásia em 2014 sobre uma área do leste da Ucrânia controlada por rebeldes apoiados pela Rússia. Todas as 298 pessoas a bordo morreram.

A Rússia nega que pretenda invadir a Ucrânia, mas reuniu mais de 100 mil soldados perto da fronteira ucraniana e enviou tropas para exercícios na vizinha Bielorrússia. Autoridades dos EUA dizem que, com o aumento do poder de fogo da Rússia, a invasão pode ocorrer dentro de um curto prazo.

Em uma ligação de uma hora no sábado com o presidente russo, Vladimir Putin, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que invadir a Ucrânia causaria “sofrimento humano generalizado” e que o Ocidente estava comprometido com a diplomacia para acabar com a crise, mas “igualmente preparado para outros cenários”.