As sanções adotadas pelos e a União Europeia (UE) contra a Rússia “efetivamente declararam” o default da dívida russa, afirmou o presidente Vladimir Putin em reunião com ministros de seu governo nesta quarta-feira.

O mandatário classificou as medidas do Ocidente em resposta à invasão russa na Ucrânia de “blitzkrieg (tática militar utilizada pela nazista na Segunda Guerra Mundial) econômico” que se assemelha às decisões antissemitas promovidas pela Alemanha na década de 1930, quando o país passou a ser comandado por Adolf Hitler.

Putin disse que a resposta ocidental ao ataque russo serve para fortalecer e unir o país, além de provocar “dificuldades” para o mundo todo. Segundo ele, as sanções impactaram a economia do Ocidente, por meio do aumento dos custos com energia, por exemplo, e os problemas só vão aumentar. O presidente russo ainda criticou empresas estrangeiras que deixaram o país, e afirmou que as que permaneceram terão “oportunidades adicionais no futuro”.

Quanto à economia local, Putin disse que será necessário uma reestruturação que pode aumentar temporariamente o desemprego e a inflação na Rússia. Ele ressaltou, por outro lado, que o governo tem recursos e não será necessário que o banco central imprima mais dinheiro, e o principal problema atual está na distribuição de bens.

A Rússia vai elevar o investimento em infraestrutura, afrouxará a regulamentação para o acesso ao crédito por empresas privadas e criará linhas de crédito para apoiar a recuperação, segundo Putin.

Energia

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, se reuniu nesta quarta-feira com o príncipe herdeiro dos Emirados Árabes Unidos (EAU), o xeque Mohammed bin Zayed al Nayhan, para discutir as consequências da invasão da Ucrânia pela Rússia e a importância de cooperarem no sentido de melhorar a estabilidade do mercado global de energia.

No encontro, realizado em Abu Dabi, capital dos EAU, os líderes também falaram sobre oportunidades para ampliar a cooperação bilateral em segurança energética, tecnologia verde e comércio, segundo comunicado do governo britânico.

Em vídeo divulgado no Twitter, Johnson defendeu que os EAU dobrem os investimentos em usinas eólicas no Reino Unido, enfatizando a importância de o Ocidente reduzir sua dependência em relação ao petróleo e gás natural produzidos pela Rússia.