O caso aconteceu na Colômbia, e a morte do homem foi confirmada por seu advogado, Luis Giraldo Montenegro, pelas redes sociais. Victor morreu às 21h20 de sexta-feira (7) como era o seu desejo.

Em suas últimas horas de vida, Victor esteve com sua mulher, os quatro filhos e o advogado com quem teve seu último almoço. Em seguida, se reuniu com os jornalistas para falar um pouco sobre sua luta pelo direito à eutanásia.

Conforme apurado pelo portal Correio 24 horas, o colombiano tinha vários problemas de saúde após sofrer dois AVCs em 2007 e 2008. Ele também sofreu um acidente grave de carro há 36 anos, precisando passar por quatro cirurgias na coluna. Vivia com dificuldades de mobilidade, um lado do corpo paralisado, doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose pulmonar e ainda tinha e hipertensão. Ele descrevia seus últimos anos como de “sofrimento e dor”.

Essa é a segunda vez que o pedido de eutanásia é aceito sem o paciente estar em estado terminal. Antes de Victor, Martha Líria Sepúlveda, de 51 anos, tentou passar pelo procedimento sem estar em estado terminal, porém sua eutanásia foi suspensa horas antes do programado.

Direito

A eutanásia, ou morte assistida, é legalizada na Colômbia desde 1997. O país, aliás, foi o primeiro na América do Sul a legalizar o procedimento. Porém, a prática valia apenas para pacientes que tivessem doenças terminais, ou seja, seria uma forma de abreviar o sofrimento da pessoa em situação já irreversível, se assim fosse a decisão dela.