Espera-se que a temporada de furacões no Atlântico de 2022, que começa em 1º de junho e vai até novembro, mostre atividade “acima do normal”, com uma estimativa de 14 a 21 tempestades nomeadas, até dez furacões e até seis furacões de categoria 3 ou superior, afirmam cientistas da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês). Normalmente, 90% das tempestades na região ocorrem após 1º de agosto.

Caso a previsão se confirme, a temporada marcará o sétimo ano consecutivo com ocorrências acima da média de furacões no Atlântico, que costuma ser de 14 tempestades registradas. Mesmo assim, o resultado será aquém de 2020, período mais ativo já registrado, com 30 tempestades reportadas.

A agência apontou que as atuais condições frias, provocadas pelo fenômeno La Niña no Pacífico, estão ligadas a anos de furacões mais ativos. Uma forte temporada de monções na Ocidental também é fator-chave que influencia a atividade de furacões deste ano, comenta a NOAA. Temperaturas quentes sazonais da superfície do mar no Oceano Atlântico e no Mar do Caribe devem, ainda, contribuir para os fenômenos.

Mudanças climáticas

Mas são, de fato, as mudanças climáticas que sobrecarregam os furacões, de acordo com cientistas do Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, bem como outras agências nacionais de monitoramento. Os gases de efeito estufa que retêm calor estão aquecendo a atmosfera que, por sua vez, aquece o oceano. Temperaturas oceânicas mais quentes alimentam tempestades mais poderosas e destrutivas. Fonte: Dow Jones Newswires.